Alfredo de Matos

Alfredo Amado de Matos, nasceu em Alqueidão da Serra. Era filho de José de Matos e Maria Amado.

Maria Amado era irmã do Padre Júlio Pereira Roque

Estudou no Seminário de Leiria, entre 1927 e 1937.Casou em  23 de Junho de 1945 com D. Maria Luisa Salgado Correia.

Foram  viver para Lisboa e  tiveram 2 filhos.

Além do seu trabalho como funcionário de uma grande empresa industrial, Alfredo de Matos fazia investigações sobre a história da tua terra natal  e  do seu distrito, e também  colaborava com assiduidade  com  os jornais da sua região, como por exemplo: Ecos do Alcoa (Jornal de Alcobaça); Voz do Mar (Jornal de Peniche);  Gazeta das Caldas (jornal das Caldas da Raínha); e ainda com os jornais Região de Leiria, A Voz do Domingo e o Mensageiro, todos de Leiria.

D. Domingos de Pinho Brandão, que foi Bispo auxiliar de Leiria, considerou Alfredo de Matos um «ilustre investigador e profundo conhecedor da história da Diocese de Leiria e da região».

Publicou várias obras, entre as quais “Dom Frei Brás de Barros”; “D. João III e a construção da Sé de Leiria”; “A Comarca de Porto de Mós”; “Alqueidão da Serra: Apontamentos para a sua história”; “Um passeio na história do Juncal”,  “A Escola de Frei José e de Frei Manuel da Conceição na Serra de Santo António”, “À janela do passado: Dom António Pinheiro”, uma biografia deste ilustre prelado que foi Bispo de Leiria e político de envergadura; e “8 dias com as videntes da Cova da Iria em 1917”, um livro de 90 páginas, editado em 1968, que relata a presença das videntes Lúcia e Jacinta em casa de D. Maria do Carmo Marques da Cruz Menezes, na Reixida (Cortes), em Setembro de 1917.

Faleceu em Lisboa, no ano de 1992, sem ver publicada uma obra, à qual dedicou muitos anos da sua vida: “a monografia de Alqueidão da Serra”, um trabalho com 600 páginas em formato A4 que nunca chegou a ser publicado.

Em homenagem ao jornalista e investigador histórico que foi Alfredo de Matos, foi criada em Alqueidão da Serra  a biblioteca Alfredo de Matos, (uma extensão da biblioteca de Porto de Mós), que teve inicialmente as suas instalações na Casa junto à Calçada Romana, e que posteriormente foi transferida para a nova sede da Junta de Freguesia.

Durante o fim de semana de 29 e 30 de Agosto de 2015, em que ocorreu no Alqueidão a festa das comemorações dos 400 anos de freguesia, com missa de ação de graças transmitida pela TVI, faleceu em Lisboa a D. Maria Luísa Salgado Correia, esposa de Alfredo de Matos.

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2 respostas a Alfredo de Matos

  1. Vítor Félix diz:

    Fui colega de trabalho do Sr. Alfredo de Matos desde 1965 e amigo até a sua morte em 1992. Guardo carinhosamente alguns dos livros que escreveu e me ofereceu, com dedicatórias que ainda hoje me emocionam. Tinha então 15/16 anos. Foi graças a ele que a minha paixão pela leitura despertou. Apresentou-me Eça de Queirós. Conheci também o seu filho Luís Filipe Salgado de Matos.

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  2. É, porventura, daquelas figuras que, supostamente valeria a pena ter conhecido.
    Quando ele faleceu (1992) eu já estaria a viver o meu trigésimo nono ano de vida e …
    E de um tal Alfredo de matos apenas, como até este artigo que agora leio, apenas conhecia o nome … o nome de um tal Alfredo de Matos …???

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