Das construções mais antigas de que há memória, destacam-se:
- Uma construção circular que existia no Serrado da Carolina, e que foi identificada como sendo uma sinagoga do tempo dos Mouros, foi demolida em 1975, para dar lugar a uma casa de habitação.
- O retábulo da Capela de Nossa Senhora da Tojeirinha tem inscrita a data de 1631.
- A casa que existia na rua de cima e que foi demolida para a construção de uma casa de habitação tinha inscrito na cantaria por cima da porta a data de 1702.
- A Granja dos Monges de Cister que ficava na Rua do Fundo do Lugar, foi construída em 1734, e foi demolida para a construção de uma casa de habitação.
- As cantarias da casa nas imediações da Igreja Paroquial e que antes da Implantação da Republica eram Anexos da Igreja Paroquial, têm inscrita a data de 1743.
- O alpendre da casa de Bernardino da Silva na Carreirancha tinha inscrita a data de 1843.
Sinagoga
Construção muito primitiva que foi conhecida por “Cerrado da Carolina” que era o nome da última proprietária que a recebeu por herança de seus pais Domingos Pereira Rolo e Epifânia de Jesus, que por sua vez herdaram de gerações anteriores. Carolina de Jesus faleceu em 14/10/1936 com 77 anos de idade, ficando o “Cerrado” para seu filho José Carolino.
Depois de várias diligências e estudos diversos para se poder concluir das razões da mesma, Francisco Furriel afirmou que ela teria sido realmente o Lugar de Culto ou Sinagoga, que teria servido três comunidades: a de Mourão, Moirãs e Cazeal (hoje Casais dos Vales).
Já não existe qualquer vestígio desta construção, apenas existe o desenho de memória, feito por Francisco Furriel.

Primeiro local de culto, talvez do século IX ou X. Esta sinagoga foi demolida em 1975 para dar lugar a uma casa de habitação
Casa de 1702
Na rua de Cima em frente ao Adro da Igreja existia uma casa antiga que tinha inscrito na cantaria por cima da porta a data de 1702. Já não existe, foi demolida para a construção de uma casa de habitação. Ficou para memória futura o azulejo na parede da nova casa.
A Granja dos Monges de Cister
As Granjas eram prédios rústicos que os monges de Cister construíam nas mais diversas áreas dos Coutos de Alcobaça, para recolha de fundos ou controle de actividades agrícolas artesanais que mais lhes interessavam implementar. A do Alqueidão da Serra foi construída em 1734 e situava-se no então Fundo do Lugar. Foi seu proprietário João Biscoito. Por sua morte foi vendida pelos herdeiros, a Manuel Jorge Furriel em 1935. Foi demolida por volta de 1950 para a construção de uma casa de habitação. Atualmente nada existe deste antigo edificio, a não ser um desenho de Francisco Furriel, feito por memória.
Casa nas Imediações da Igreja Paroquial
Casa de habitação onde a cantaria por cima da porta da adega tem inscrita a data de 1743. O chão é de lages de pedra preta e podiam ver-se vestigios de um altar numa das paredes. No parapeito da janela aparece a a seguinte inscrição:
LOVVADO-SEJA NOSOS EMHORIEZVS CRISTO P. SEMPRE. AMENLouvado seja nosso Senhor Jesus Cristo para sempre. Amen.
Todos estes vestígios de uma construção antiga levaram Francisco Furriel a afirmar que de facto podia ter sido neste local que existia a Capela de Santo Estevão.
Efetivamente algumas das casas nas imediações da Igreja pertenciam à Igreja, e foram vendidas em hasta publica por altura da implantação da Republica.
A Casa do Bernardino
O alpendre da casa de Bernardino da Silva na Carreirancha tinha inscrita a data de 1843.
A casa do Padre Afonso
Casa de campo que foi do Sr. Padre Afonso, que a deu aos pais dos Padres Rosa e irmã, Srª Maria, a quem chamávamos a tia Padra.
O Padre Afonso (Manuel Affonso e Silva) natural de Alcaria, chegou ao Alqueidão em meados de 1861, e tomou conta desta freguesia durante 36 anos.
A casa tinha vários anexos, era rica em lages grandes de pedra preta no alpendre e degraus que se desciam para entrar na varanda e na casa. Tinha uma grande e rica adega com lagar da época. Tinha também uma eira e um poço de água.

Traseiras da casa do Padre Afonso
Nas traseiras da casa do Padre Afonso ficava o Prazo, uma grande propriedade agrícola que chegava até ao Caminho Velho e onde existiam vários poços de água. Esta casa já não existe, foi demolida para a construção de uma nova casa de habitação.
A Residência Paroquial
Depois da casa do padre Afonso ter sido dada aos pais dos padres Rosa, o padre Joaquim Vieira da Rosa mandou construir uma residência para os padres que viessem para a nossa freguesia. Nesta casa morou o Padre Manuel Ferreira, o Padre Américo e o Padre Faria. Atualmente ela não existe, ela foi demolida para a construção de uma nova residência paroquial.
A Casa da Ti Lodovina
A nogueira grande e a casa onde moraram as duas irmãs Ludovina e Ana, já não existe. Foi demolida para dar lugar ao edifício da Caixa Agricola.
A Casa do José Rosa
Adega e palheiro da tia Maria Albina. Ao cimo da escada e na varanda existia uma casita, que era a casa do Correio. Durante muito tempo aí se se tratou do primeiro serviço do correio do Alqueidão.
O 1º Dono foi o Sr. José Vieira da Rosa, “médico ” da época que prestava serviços para as bandas de Porto de Mós. Estas construções antigas já não existem, foram demolidas para dar lugar às instalações do Centro de Dia do Alqueidão da Serra
Casa da Ti Adelaide Velha
A Casa da Tia Adelaide, que era irmã do Fiscal Costa, já não existe. Foi demolida para a construção de uma nova casa de habitação. Ficava ao lado direito de quem sobe a Rua Padre Júlio Pereira Roque, em direção à igreja paroquial do Alqueidão da Serra. A foto tem a data de 1 de Novembro de 1930. É dia de pão por Deus.
A Cantina da Escola Velha
Edifício que foi escola primária, residência do professor, Cantina e que por fim foi o Dispensário, onde estava a enfermeira que dava as vacinas às crianças (década de 60). Não existe atualmente, foi demolido para a construção do Posto Médico.
A Casa da Ti Maria Alvina
Ficava na Rua Comandante Afonso Vieira Dionísio. Atualmente não existe. No seu lugar estão as instalações do Centro de Dia.
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Atualmente nota-se uma maior preocupação em preservar as casas antigas reconstruindo, remodelando ou adaptando, tentando manter o seu aspeto original e dando-lhes uma nova vida.
A Casa da Ti Maria Pata
A Casa do ti Zambujeiro
A casa do ti João Beato
A casa das Saloias
A casa do Fiscal Costa
A Escola Velha
As casas da Ladeira do Santareno
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Muitas casas continuam abandonadas trazem-nos à memória as histórias de vida das pessoas que noutros tempos as habitaram.

Casa da Ti Pereira e Manel Patrão

Casa da Ti Alexandrina da Pereira

a Casa do Sussena
e tantas outras…
Meu nome é David da Cunha Boal Júnior e sou neto de José da Cunha Boal, que emigrou para o Brasil por volta de 1930 e morreu em 1942, deixando 4 filhos (David, Frutuoso, Jaime e José). Meu pai me contou que seu pai veio de Alqueidão junto com o irmão Manuel, mas que este voltou a Portugal poucos anos depois. Dele temos pouquíssimas informações. Por isso peço aos senhores que nos mandem notícias da família, sobretudo com relação aos antepassados, uma vez que estou preparando um livro de genealogia sobre os Cunha Boal. A propósito, gostaria de saber (e agradeço desde já a atenção de vocês) a origem do nome Boal em Alqueidão da Serra. Obrigado.
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