A tradição cristã desta freguesia, criada em 1615, e colocada sob a proteção de São José, tem sofrido profundas alterações ao longo dos anos.
No tempo dos nossos avós o casamento era para toda a vida. As crianças obedeciam aos pais, aos professores e aos catequistas e respeitavam todas as pessoas mais velhas. Na grande maioria das casas rezava-se o terço em família.
Toda a gente rezava o Angelus ao toque das Avés-Marias, ou seja às 6h00, ás 12h00 e às 18h00. Onde quer que estivessem, ao ouvirem o sino paravam o que estavam a fazer, os homens tiravam o chapéu, as mulheres ajoelhavam e todos rezavam o Angelus.
Agora os tempos são outros, as tradições foram-se perdendo, não se dá tanta importância à oração e as pessoas estão mais centradas nelas mesmas. Ouve-se muito falar em Nova Era.
Mas o que é a Nova Era?
Não é uma seita, nem uma igreja, nem uma religião, é uma mistura de doutrinas, crenças, esoterismo e misticismos diversos que se tem vindo a formar ao longo dos anos. Todos temos sentido os seus efeitos de alguma forma.
A ideia básica da Nova Era é que toda a realidade visível, incluindo o homem, se reduz a “energia cósmica”.
A energia do Cosmos manifesta-se sob muitas formas: uma pedra, o vento, a mente humana, etc… Supostamente existem coisas, lugares e exercícios que podem aumentar nossa capacidade e o nosso controle dessa energia, como por exemplo carregar um cristal de quartzo, visitar uma pirâmide ou outro lugar “sagrado”, etc.
Existe até uma música que se diz “nova era”. Chama-se assim porque se inspira nalguns temas de interesse para a Nova Era, ou seja: a natureza, as religiões dos povos antigos, as culturas orientais, etc… Costuma ser música instrumental, misturada com sons naturais, às vezes muito repetitiva, outras vezes sem melodia nenhuma.
Quem acredita na Nova Era crê que o terceiro milênio marca a transição da Era de Peixes, (era cristã), para a Era de Aquário, ou seja, uma era pós-cristã. Para eles a igreja é retrógrada e autoritária, em consequência tudo o que é difundido por ela é rejeitado.
Por esta nova consciência o homem vai se dar conta dos seus poderes sobrenaturais e saberá que não há nenhum Deus fora de si mesmo.
O pecado não existe: haveria apenas uma consciência imperfeita que afastaria o ser humano do Criador. É neste cenário que se encaixa a ideologia do género, que desconsidera a sexualidade biológica e apresenta a ideia de que cada um define a sua identidade sexual independentemente da realidade física.
A Nova Era tira a Jesus o Seu caráter único de Filho de Deus e ridicularizam o fato de que Deus se fez homem para “nos salvar do pecado“.
Para eles Jesus Cristo foi um mestre iluminado entre muitos outros, e mais nada. Diz que a única diferença entre Jesus Cristo e os outros seres humanos é que Ele se deu conta da sua divindade, enquanto que a maioria dos homens ainda não a descobriram.
Quase todos os participantes da Nova Era compartilham algumas crenças:
- Cada homem cria a sua própria verdade. Não há bem e mal, toda experiência é um passo para a consciência plena da sua divindade.
- O universo é um ser único e vivo em evolução ao pleno conhecimento de si e o homem é a manifestação da sua autoconsciência.
- A natureza também é parte do único ser cósmico e, portanto, também participa de sua divindade. Tudo é “deus” e “deus” está em tudo.
- Todas as religiões são iguais e, no fundo, dizem o mesmo.
- Há “mestres” invisíveis que se comunicam com pessoas que já alcançaram a nova consciência e os instruem sobre os segredos do cosmos.
- Todos os homens vivem muitas vidas, vão se reencarnando uma e outra vez até alcançar a nova consciência e dissolver-se na força divina do cosmos.
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Tudo o que esta acima redigiido e realmente a mentalidade dos nossos tempos e na verdade o que parece tem muita realidade.
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Sra Maria MATOS AMADO nao foi a mentalidade que mudou , mas sim a maneira de que as pessoas acreditao nelas esse e o principal problema ,,,, as minhas saudacoes
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