Em 18 de Outubro de 2015 reuniram mais uma vez, para o jantar de confraternização, os nascidos em 1935.
Era dia da festa do Sagrado Coração de Jesus, e todos participaram na celebração em ação de graças pelos seus 80 anos de vida.
Retrospetiva do Ano de 1935
O governo do Estado Novo era liderado por António de Oliveira Salazar. Vivia-se no tempo da ditadura, um tempo de medo e repressão. Todos tinham medo de falar, não estivesse por perto algum informador da PIDE.
O Bispo de Leiria era nesta altura D. José Alves Correia da Silva (1920-1957).
Cá na aldeia, as autoridades que toda a gente respeitava eram o padre, o presidente da junta e o regedor.
Por esta altura o pároco era Joaquim Vieira da Rosa também natural do Alqueidão da Serra, e que foi substituído em 23 de Agosto de 1936 pelo padre Henrique Antunes Fernandes que por cá ficou até 15-11-1950.
Vivia-se da agricultura e criação de gado.
Não havia água nem luz, nem telefone. O telefone publico só cá chegou em 5 de Julho de 1938, que foi o dia em que fizeram a instalação do aparelho no estabelecimento de João Ferreira Cecílio, conhecido por Ti João Vitório, e que ficava situado onde actualmente se encontra o Centro de Dia.
Também não havia televisão, nem cinema. O primeiro contacto que as gentes do Alqueidão da Serra tiveram com a “Sétima Arte” foi em 1946, pela mão de Manuel Aparício que era conhecido pelo nome de “Lambion”.
Quanto a divertimentos, jogava-se a cantarinha, e o jogo da bola que era um jogo muito parecido com o chinquilho, com dois fitos com cerca de 30 cm de altura, mas neste caso as malhas tinham também a forma de um fito com um tamanho de cerca de 20 a 25 centímetros. Jogavam 2, 4, 6 ou 8 jogadores ao mesmo tempo.
A primeira bola de futebol só chegou ao Alqueidão em 1936. Foi comprada em Leiria e custou um pouco mais de 100$00.
Em Portugal, 1935 foi o ano de estreia do filme “As Pupilas do Sr. Reitor”, um filme a preto e branco com uma duração de 102 minutos.
Foi também o ano em que faleceu Fernando Pessoa, poeta português.