João Rosinha

O João Rosinha era taberneiro. A sua taberna foi a primeira Agência de Camionagem de Transportes Públicos em Alqueidão da Serra (Camionagem Ribatejana).

O Ti João Rosinha era agente sem vencimentos, era ele quem tratava das encomendas e despachos, por isso beneficiava de transportes gratuitos. Ganhou grande fama nos mercados limítrofes, nomeadamente no de Leiria.

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João Rosinha a carregar a mala na carreira.
Esta é a estação de Leiria, na margem direita do rio , encostada ao jardim. Era lá o terminal.

Quando em Junho de 1950 houve a segunda grande tentativa para o desvio das camionetas de carreira do Alqueidão para outros lugares, o João Rosinha bateu forte o pé, usou das suas influências e evitou o desvio. Para isto teve a grande colaboração do Sr. Adolfo Vieira da Rosa, que residia em Lisboa.

A Taberna do ti João Rosinha situava-se no cruzamento da Rua Padre Júlio Pereira Roque com a estrada para Leiria. Vendia a copos o vinho branco das Barradas, o Palheto da Várzea, e a mais pura bagaceira da região, feita do Alambique do Ti Carlos.

Chamavam-lhe João Rosinha por causa dos seus dotes de floricultor. Um dia semeou malmequeres nuns vasos. Nasceram-lhe várias figueiras. Facto estranho, que ele considerou um grande fenómeno sobrenatural. A notícia até saiu nos jornais da época.

Afinal não havia fenómeno nenhum. Tinha sido o estrume que ele tinha colocado nos vasos, que estava carregado de grainhas de figos, e estas germinaram naturalmente.

No dia do casamento da ti Laura Sarrana, o João Rosinha plantou uma palmeira em frente à casa dos noivos e outra no meio do Adro da Igreja. Corria o ano de 1927.

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A palmeira do Adro foi retirada em 27 de Abril de 2016 por ter secado como consequência de uma praga de escravelhos vindos do Norte de Africa

Para além de ajudar as pessoas da sua terra em tudo o que lhe era possível, o ti João Rosinha era também Servita em Fátima. Ia sempre para lá sempre nos dias 13 de cada mês.

Houve um ano em que o andor de Nossa Senhora foi completamente enfeitado com salazares. O ti João Rosinha que adorava flores, tratou logo de retirar do andor uns bocadinhos que não tinham flor, e trouxe-os para casa.

Plantou os pezinhos dos salazares num vazo, e eles pegaram e encheram o vaso de flores. A partir daí nunca mais se acabaram os salazares no Alqueidão. Ainda hoje estas flores brancas  aparecem nos jardins de algumas casas.

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