Funcionou na cave da casa da Tia Laura Sarrana até à década de 50. Era um negócio de família.
O Sôr é que era o responsável pelo fabrico das mantas que depois eram vendidas pelo irmão José de Matos, que era conhecido em todo o lado como “O Zé das Mantas”. Os outros irmãos também ajudavam quando era necessário e nas alturas de maior movimento trabalhavam lá dois empregados: O Biu e o Gaiola.
Nessa altura ainda não existia electricidade, os teares eram manuais e trabalhavam com grandes bobines de fio de lã. Este era o produto final:
Além das mantas faziam também tapetes e passadeiras.
Mais tarde adquiriram uma máquina de tricotar manual, e passaram a fazer camisolas por medida.
Tudo terminou na década de 60, quando o pessoal teve de emigrar em busca de uma vida melhor.
Minha mãe Maria, filha do Bernardino da Silva quando veio para o Brasil em 1952 trouxe uma manta do Alqueidão que ficou conosco uns 30 e que com o tempo por falta de cuidade começou a soltar os fios. Era muito bonita, quente e de uma qualidade que hoje já não se encontra neste tipo de material.
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