O Padre Manuel Ferreira foi pároco de Alqueidão da Serra de 1950 a 1958.

Padre Manuel Ferreira (ao centro, sorridente) com outros padres, na escadaria da Residência Paroquial no Alquiedão
Era muito activo, e muito dedicado aos migrantes que o Alqueidão tinha espalhados por todos os cantos de Portugal, mais especialmente Lisboa e arredores.
Criou o Dispensário materno-infantil, o que veio diminuir em muito a mortalidade infantil no Alqueidão, e que funcionava numa casa que fazia parte da escola primária, onde é hoje o Posto Médico.
Foi o Padre Manuel Ferreira que fundou a casa de trabalhos para as raparigas, que funcionou onde hoje é a Casa de S. José, edifício que foi cedido à Paróquia pelo Sr. Adolfo Vieira da Rosa.
Criou uma biblioteca para a juventude, mandou fazer a chave de prata para a porta do nosso sacrário, e também foi ele quem plantou as duas tílias do adro, entre outras.
Aqui trouxe também as primeiras sessões de cinema, e algumas ao ar livre, nas noites de Verão. Existia no largo da escola velha uma parede branca que era da ti Joana Batista. Era nesta parede que ele projetava os filmes, com a máquina de filmar ligada à bateria do carro. Não havia transito. O único carro que existia era o do padre Manuel Ferreira.
Acolheu uma menina húngara refugiada da II Guerra Mundial e responsabilizou-se pela sua educação.
O Padre Manuel Ferreira conheceu bem de perto as dificuldades das pessoas que aqui viviam. Quando chegou ao Alqueidão, na década de 50, a população vivia numa extrema pobreza.
Em homenagem ao Padre Manuel Ferreira foi construído um jardim, que fica situado perto da estrada romana.
