Abastecimento de Água

Já temos água nas torneiras do Covão de Oles.

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A cerimónia de Inauguração do Abastecimento de água ao Covão de Oles, ocorreu no dia 14 de Setembro de 2013, pelas 18h30, no Largo de N.ª Sr.ª do Rosário, no Covão de Oles.

Estiveram presentes, entre várias pessoas, o presidente da Junta de Freguesia Rui Marto e o presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salgueiro.

Esta obra teve como finalidade fazer chegar água canalizada ao lugar de Covão de Oles, e reforçar o abastecimento ao Alqueidão da Serra e Casais dos Vales.

Vêm de longa data os problemas de abastecimento de água ao Alqueidão, no entanto, com a conclusão desta obra, a freguesia fica com uma taxa de cobertura de 100%.

O presidente da Câmara mostrou-se bastante satisfeito com o facto de se ter conseguido levar a água canalizada até uma localidade de tão difícil acesso como o é Covão de Oles, e também garantiu que, com o reforço do abastecimento ao Alqueidão, a população nunca mais vais ter de passar grandes períodos de tempo sem água, como tem acontecido habitualmente durante o verão.

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Depois dos normais discursos, foi servido um lanche ajantarado num local próximo do largo de N.ª Sr.ª do Rosário.

Outros Tempos

É um facto histórico a procura feita pelos romanos às reservas de ferro com que a Natureza enriqueceu uma parte do subsolo do Alqueidão. 

Foram os exploradores do ferro os primeiros a procurar água no subsolo e encontraram-na com abundância, num lugar que ainda  hoje se chama “Lagar”, perto da fonte. 

Esta é a mais velha captação particular de águas subterrâneas de todas as que se conhecem na  Freguesia. É a mais antiga e a única em seu género. Consta de uma galeria a céu aberto e orientada no sentido Poente-Nascente. No fim dela, após um breve desnível, abre-se a mina subterrânea que se orienta para o Norte.

O progresso da civilização tornou indispensável a utilização da água no dia-a-dia da vida humana. Na mineração do ferro, tão completa como a que os Romanos praticavam no Alqueidão, era imprescindível o uso da água.

Da Mina, a água era transportada para o Prazo, utilizando o Caminho Velho, que a estrada é uma obra muito mais recente.

O Prazo era uma fazenda que conhecemos como sendo pertencente aos padres Rosa e que compreendia as terras que se situam entre o antigo Caminho Velho (hoje estrada de Porto de Mós) e a Rua da Chã.

Ali, no Prazo, é que estavam as fornalhas em que se preparava o minério. O lugar situado a Poente do Prazo chama-se Escoiral.

Escoiral é a palavra “escorial”, na linguagem do dia a dia. E “escorial” significa, o ponto em que se despejam as escórias. Escórias são os restos que não se aproveitam, resultantes da metalização do minério, da sua fusão ou derretimento.

Em frente ao Prazo, dividido somente pelo Caminho Velho, existia um pequeno e sobre comprido cabeço. Chamava-se ele, os Vieiros. Vieiro é sinónimo de veio de metal.

Na zona dos Vieiros, o chão aparecia coberto de pedaços, uns maiores outros mais pequenos, aos quais a população chamava “borra de ferro”. 

A água para uso do homem e gastos industriais os romanos tiravam-na da Mina. Esta nascente, alimentava o poço da fonte e todos os poços existentes na Vazea, e serviu a população do Alqueidão durante séculos.

A água dos poços da Várzea servia para regar e era tirada a baldes com a ajuda de cordas de sisal.

A água da fonte servia para todos os gastos domésticos, e para o gado, e era transportada em cântaros à cabeça ou com a ajuda dos burros.

Com o aumento da população, e com a adopção de outros hábitos de higiene, água foi canalizada para abastecer as casas e a nascente tornou-se claramente insuficiente.

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