Ainda está por descobrir porque razão as terras e locais por onde passamos todos os dias, têm os nomes pelos quais são atualmente conhecidos. Pelos nomes que conhecemos podemos afirmar que um dos muitos fatores que influenciaram a escolha dos nomes das terras, quer elas sejam habitadas ou de cultivo, foram os animais.
A influência que os animais tiveram na toponímia da Freguesia.
Nomes das terras e lugares
Andorinha
Na estrada para Fátima, antes de chegar ao Covão do Espinheiro, cortando à direita para uma estrada de terra batida, chegamos à Andorinha.
Poço da Andorinha
Bacalhoas
É o nome do sítio que se estende por cima das Covas de Santo Estêvão. Dizem que este nome foi posto porque abundavam por lá pequenas pedras com uma forma parecida com certos peixes, da família do bacalhau, que algum dia foram tratados por “bacalhoas”.
Cabeça da Vaca
Local onde se encontram os moinhos da Cabeça.
Cabra Tinta
Às terras que ficam do lado direito de quem desce o caminho chama-se “Cabra Tinta”, já do lado esquerdo do caminho chama-se “Pregueiras”.
Chão Falcão
Local onde foi instalado o Parque Eólico do Chão Falcão, e onde ainda existem muitas terras de cultivo.
Poço do Chão Falcão
Poço do Salgueiro – O espaço envolvente foi construído pela Junta de Freguesia na altura em era presidente o Eng. Rui Marto.
Covão do Corso
Fica do outro lado da Cabeça do Sol. No local onde hoje encontramos pinheiros, carrascos e silvas, antigamente era tudo semeado.
Curral das Vacas
Fica no Caminho dos Bouceiros. Este local em tempos foi habitado. Tinha uma lagoa a que chamavam “o Barreiro do Curral das Vacas”.
Conta-se que certa vez os rapazes do Alqueidão foram ao Curral das Vacas apanhar pássaros perto do Barreiro, e depois fizeram uma patuscada num palheiro que existia do outro lado da estrada, já no caminho da Serra Travessa.
Depois do petisco, lembraram-se de ir aos Bouceiros tirar umas fotografias às raparigas. Os rapazes dos Bouceiros não gostaram nada desta ideia, e foi aí que começou a pancadaria. Quando voltaram para casa, o Almanaque fez uma cantiga sobre esta grande carga de porrada que levaram:
– “Fomos todos contentes, para os pássaros apanhar, e depois da patuscada, foi porrada até fartar”.
Penas de Ninho do Corvo
Assim chamadas porque era sabido que os corvos faziam os seus ninhos nos buracos mais altos das pedras.
Pia dos Burros
A que, também havia quem chamasse, mais genericamente, “Pia do Gado”, enquanto a Fonte foi fonte. Por cima da Pia dos Burros existia uma pedra que ainda hoje se encontra no jardim da Fonte, e que era uma homenagem a D. Felismina de Jesus Patrício da Silva Garcia e sua filha D. Adelaide Sophia Garcia Alves que, em 1919 mandaram fazer melhoramentos na Fonte em beneficio de todos os habitantes desta freguesia.
Espojeiro dos Burros
Lugar que ficava no caminho da fonte, e era para onde os burros iam a correr se espojar para enxotar as moscas, quando passavam no caminho sem carga nem albardas.
Penedo do Boi
Fica no cimo da Cabeça do Sol, e muito perto dele fica o Algar-das-Sete-Bocas e também o Algar do Alípio. Actualmente a dificuldade para se chegar lá é grande, por causa dos carrascos e silvas que cobrem o caminho.
Outras terras de que nos fala Alfredo de Matos nos seus livros, e que já ninguém sabe onde ficam:
- Cabeça Gorda;
- Cabeça Ligeira;
- Cabeça do Boi;
- Cabra Figa;
- Curral das Éguas;
- Pena da Burra;
- Perdigões;
- Pia do Lobo;
- Portela onde Morreu o Cavalo.
Sim e sempre bom recordar estes lugares que eu tanto passiee agora sinto notalgia de os poder ver outra vez mais uma vez o meu muito obrigado
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