A ação da Junta de Freguesia de Alqueidão da Serra, nos últimos dois anos, tem-se desenvolvido no sentido de dar resposta às necessidades reais e atuais das pessoas, na conservação e manutenção do património existente, e na regularização da situação em que se encontram alguns dos edifícios construídos para fins públicos, nomeadamente a situação irregular em que se encontra a sede da nossa Junta de Freguesia.

Com um orçamento claramente insuficiente para responder às necessidades da população, por vezes estas necessidades só são resolvidas com o trabalho e empenho dos próprios membros da Junta, composta pelos elementos da lista independente que ganhou as eleições de 2013.

E porque razão passa por tantas dificuldades uma freguesia que tem um Parque Eólico que rende milhões?

Quando José da Silva Catarino, na sua qualidade de presidente da Junta de Alqueidão da Serra, assinou o contrato com a empresa que geria o Parque Eólico e a Câmara Municipal de Porto de Mós, estava claramente convencido de que 2,5% do valor da produção de energia, durante os 20 anos de vigência do contrato seriam para a Junta de Freguesia.

Por questões que se prendem com a interpretação de algumas alíneas do contrato, o presidente da Câmara, na altura José Ferreira, pretendia que esse dinheiro fosse todo para a Câmara Municipal de Porto de Mós.

Foi nesta altura que apareceu o candidato João Salgueiro que prometeu, caso fosse eleito, que os 2,5% seriam para o Alqueidão. Grande parte da população do Alqueidão se envolveu na campanha eleitoral para eleger João Salgueiro, acreditando na sua  palavra. E João Salgueiro ganhou as eleições.

Uma vez eleito presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salgueiro imediatamente se esqueceu da promessa que tinha feito ao povo do Alqueidão, e começou também ele a reclamar os 2,5% para a Câmara de Porto de Mós.

E a luta continua…

Nesta altura o presidente da Junta do Alqueidão era Fernando Sarmento que muito se empenhou nesta luta, chegando inclusivamente a afirmar que o povo do Alqueidão nunca lhe perdoaria se ele permitisse que o dinheiro fosse para Porto de Mós, mas o facto é que esta questão não dependia só dele. O caso chegou mesmo aos tribunais, atitude completamente desnecessária se João Salgueiro tivesse cumprido o que nos prometeu.

O atual presidente Filipe Batista ainda propôs ao Sr presidente da Câmara, que se fizesse um acordo em que uma parte desse dinheiro viesse para o Alqueidão, mas esta proposta não foi aceite.

Até  esta altura, qualquer pedido que se tenha feito ao Sr. Presidente da Câmara de Porto de Mós, a favor do povo do Alqueidão, tem tido sempre garantida a mesma resposta: “Se fizesse isso para o Alqueidão, teria que o fazer também para as outras freguesias do concelho”. Mas o que é certo é que esta afirmação ao contrário não se verifica.

Listagem das obras feitas pela Câmara Municipal no Alqueidão, durante o ano de 2015:

• Almoço dos idosos na comemoração do Dia do Idoso

Fim da listagem

A água ao Covão de Oles chegou em Setembro de 2013, depois de longos anos de incessantes pedidos.

A rotunda do Major só foi construída depois de terem ocorrido dois acidentes com vitimas mortais naquele cruzamento e depois de toda a população se juntar e fazer manifestações para que lá fosse construída uma rotunda.

Isto para não falar do relvado sintético do Campo do CCR, cuja verba tinha sido prometida, do PDM, e das lutas pelo desmantelamento de uma central de alcatrão ilegal que tinha sido construída no cruzamento da Gateira e que iria envenenar o ar que respiramos.

Está sempre a tempo, o Sr. presidente da Câmara, de parar para pensar no quanto tem prejudicado esta freguesia do concelho de Porto de Mós, e mudar a sua atitude em relação ao povo que o elegeu.

Nós todos, independentemente da organização, ou ideologia politica de cada um, iremos sempre lutar pelos interesses da nossa terra.