“Quem casa, quer casa”.
Para haver casamento era necessário construir casa, e era o homem que tinha de pôr de pé a casa que iria albergar a sua futura família.
Tudo o que era recheio da casa, competia à mulher. As mães começavam muito cedo a fazer o enxoval para as filhas porque, para uma casa é preciso muita coisa e quase nada se comprava feito.
As raparigas para além de estarem preparadas para executar todos os trabalhos agrícolas (apanha da azeitona, mondas sachas, ceifas, etc.), era importante que soubessem pôr uns fundilhos numas calças e remendar com perfeição.
Para completar o seu enxoval, as jovens, ao despique com as outras raparigas, faziam lençóis, almofadas, travesseiros, toalhas, grande parte da roupa interior, colchas, tapetes, almofadas de retalhos, naperons e rendas.
Os pais iam amealhando o que podiam para fazer face às despesas da boda, cuja ementa se baseava em produtos locais. Normalmente havia carneiro ou borrego guisado com batatas, carne de porco e aves de capoeira.
Bodas de Ouro