Este Maio foi diferente em tudo. Não pelas melhores razões.
Para travar a evolução da pandemia Covid-19 tivemos de ficar longe uns dos outros, cada qual na sua casa, sem celebrações comunitárias, ou outros eventos, sem festas ou grandes jantares de família.
Maio é o mês da festa de encerramento da actividade desportiva no CCR, o mês da festa de encerramento da Catequese e é também o mês da primeira comunhão, da profissão de fé, do dia da Mãe… Mas não este ano! Foi tudo suspenso.
A Igreja está fechada, no entanto ela é decorada todas as semanas com flores novas, honrando Aquela Presença que nunca nos abandona.
A missa é celebrada na mesma, com duas ou três pessoas presentes, e transmitida em direto através da página do Facebook da paróquia.
Maio é por tradição dedicado a Nossa Senhora. Como não pudemos estar juntos o padre Vitor reza o terço todos os dias na Capela de Nossa Senhora da Tojeirinha, e transmite através da página do Facebook, de forma que, os que quiserem podem estar unidos em oração à mesma hora.
Os utentes do Centro de Dia, ficam cada um na sua casa, com a assistência das funcionárias do Centro que tomam todas as precauções necessárias para evitar contágios. Neste contexto, a imagem de Nossa Senhora diante da qual os idosos costumam rezar o terço todos os dias, ficou sozinha também. Assim sendo, a imagem foi colocada à janela, mais perto das pouquíssimas pessoas que passam na rua.
Maio é o mês da grande peregrinação a Fátima… Mas não este ano.
Pela primeira vez na história as celebrações de 12 e 13 de Maio, que marcam o aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos em 1917, foi comemorado sem peregrinos.
A GNR controlou todos os acessos a Fátima com o objetivo de impedir que os peregrinos entrassem no santuário.
As celebrações decorreram no recinto, mas este estava encerrado devido às regras sanitárias definidas pelo Governo em articulação com a Conferência Episcopal Portuguesa.
O Papa Francisco também se associou às cerimónias enviando uma mensagem que foi lida pelo Bispo de Leiria-Fátima: “À pandemia do vírus queremos responder com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos sentir a nossa proximidade às pessoas mais provadas e necessitadas”.
O Santuário de Fátima costuma ser um “mar de luz” nas noites de 12 e 13 de maio. Em 2020 nada é igual.
A emotiva procissão do adeus, com a multidão acenando com lenços brancos, também não existiu este ano em que as pessoas foram obrigadas a ficar em casa. Todos estavam representados pelas bandeiras de todos os países do mundo. Curiosamente este ano quando deram início à procissão a imagem de Nossa Senhora quase caiu do andor.
Chegando ao último domingo de Maio, dia 31, com o levantamento das medidas restritivas impostas pelo governo, já pudemos voltar à nossa vida normal…
Vida normal? Isso é que não é possível ainda.
De regresso às missas comunitárias, a realidade a que teremos que nos habituar passa por levar a máscara, desinfectar as mãos e não se aproximar de ninguém. No final voltar logo para casa evitando os grupinhos e as conversas. Idosos e pessoas com doenças crónicas são aconselhadas a ficar em casa. No Alqueidão a missa é na rua, no Adro da nossa igreja.
Terminou o Mês de Maio, especialmente dedicado a Nossa Senhora.
O encerramento do mês de Maria este ano todo ele fora do normal foi em frente à Capela de Nossa Senhora da Tojeirinha.
E agora passamos para o mês de Junho que é tradicionalmente dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.
Que Junho seja um mês de cura para o mundo.