Os gatos descendem de uma criatura pequena, semelhante à doninha, de corpo comprido e pernas curtas, chamada Miacis. Esta criatura surgiu dos creodontes há cerca de 50 milhões de anos, evoluiu, prosperou e transformou-se nas diferentes espécies de carníveros que hoje conhecemos. Um dos ramos do Miacis, deu origem aos gatos.
O gato selvagem desenvolveu-se na Europa e depois migrou para os outros continentes.
Foram os egípcios os responsáveis pela domesticação do gato. Os egípcios tinham uma estima tão profunda pelos gatos, que foram criadas leis para os proteger: matar um gato era um crime punido com a morte.
Por volta de 1500 A.C., surgiu no Egipto uma nova Deusa com face de gato a que deram o nome de Bast. Começou por ser uma leoa, deusa da guerra, mas com a crescente popularidade do gato, começou a ser representada como uma mulher com face de gato.
Bast era a deusa dos gatos, mulheres e crianças, admirada pela sua personalidade afável e força. Vários templos foram erguidos em sua honra e vários gatos foram mumificados.
Apesar de os egípcios terem imposto a proibição da exportação de gatos, as pragas de roedores a bordo dos navios e o potencial lucro daquela carga preciosa incentivaram o contrabando.
Os países banhados do Mar Mediterrâneo foram os primeiros a dar as boas-vindas ao gato, transportado provavelmente pelos barcos fenícios. A partir daí, o gato viajou por todo o mundo chegando à Rússia, Inglaterra, China, Índia e Japão antes da Era de Cristo e, no século XVIII chegou à América do Norte, espalhando-se depois por todo o continente, e à Austrália, um século mais tarde.
O gato doméstico ainda é muito semelhante ao gato selvagem. Apesar de ter sido domesticado o gato permaneceu com um espírito selvagem, nunca sacrificando a sua vontade aos desejos do homem.
Antigamente, para chamar os gatos usavam-se sons como “bch-bch-bch”, ou “bichinho-bichinho-bichinho”.
Para afugentar os gatos diziamos: “sape, gato… sape!”, “seeeete”. Mas se estas modalidades não resultassem, podiamos sempre recorrer à imitação da voz do bicho “miau, seeeee” e ao “miau, fuuuuuuu”.