Na natureza que nos rodeia, não existe grande abundância de água. Antigamente, antes de existir água canalizada, a população contava com a Fonte com as suas bicas metálicas de onde corria água dia e noite sem parar, ao longo de todo o ano. A água era de nascente e era usada para os gastos normais de pessoas e gados.
O Alqueidão não dispunha daquela abundância de água que é requerida pelo normal funcionamento de uma azenha. Devido a este condicionalismo natural, os seus habitantes não tiveram outro remédio senão valerem-se dos préstimos dos moinhos de vento para moer os cereais indispensáveis ao sustento quotidiano das pessoas e necessários à alimentação e engorda dos animais domésticos (porcos, patos, galinhas, vacas, coelhos).
Por outro lado, a posição geográfica do lugar, era um convite irresistível no tocante ao aproveitamento da força do vento.
Os moinhos de vento são construções circulares que se ergueram nos pontos onde era mais rentável e fácil a utilização da força motriz consumida pelas máquinas, isto é, nos locais onde o vento soprava livremente.
Sitios onde existiram Moínhos de Vento
Na Chã, existiam 4 moinhos. Actualmente existe apenas um em ruínas.
Na Tojeira. O moinho ficava situado em fazenda, que fica à mão direita de quem vai da Barreira para a Tojeira, perto do local onde termina a primeira rampa que se nos depara. Actualmente não existe.
No Chão Vermelho, Neste local existiram dois Moinhos.
No Maçadal Existiu um Moinho para serventia e comodidade das populações do Curral das Vacas e Bouceiros.
No Chão Castelo Existiram dois Moinhos, perto deles situava-se uma pequena construção em que os moleiros depositavam os sacos do grão e onde os guardavam cheios de farinha, até chegar a altura de serem distribuídos.
Na Cabeça foram contstruidos dois Moinhos. Actualmente ainda existem, embora um deles esteja em ruínas. Participou na construção do moinho que fica mais para o lado Nascente, Francisco de Matos (Galo), pedreiro de seu ofício, nos intervalos dos trabalhos agrícolas de sua casa. Como isto aconteceu pouco depois do seu casamento, o moinho deve ter sido posto a funcionar cerca dos meados da década de 1880.
Actualmente a força do vento é aproveitada para a produção de energia. Está em funcionamento desde Abril de 2005 o parque eólico do Chão Falcão.
Este Parque Eólico é composto por aerogeradores de 2,3 MW, vulgarmente designados como “moinhos de vento”. Tem como objectivo a produção de energia eléctrica a partir do vento, ou seja, destina-se ao aproveitamento da energia eólica.