Estávamos no início da década de 60. Santos Barosa e a esposa eram os donos de uma fábrica de vidros que funcionava provisoriamente na garagem do Telmo, na Rua do Fundo do Lugar. O encarregado era o Sr António Costa, era de Picassinos e veio com a esposa para o Alqueidão, ficando a morar na Travessa do Ti João Biscoito, pertinho da fábrica.
Eram cerca de 15 os trabalhadores, quase todos do Alqueidão, que tinham o trabalho de polir pequenas peças de vidro, como por exemplo pingentes utilizados no fabrico de candeeiros e lustres.
As pequenas peças (em bruto) vinham da outra fábrica que o Sr. Barosa tinha na Marinha Grande, e depois de muito bem polidas voltavam para a Marinha Grande para serem comercializadas.
Com a chegada de novos trabalhadores da fábrica da Marinha Grande, o pessoal foi transferido para as novas instalações da Fábrica na Rua do Reguengo do Fetal, onde actualmente estão os Moveis Jacinto. Alguns desses trabalhadores mudaram para cá a sua residência definitivamente e continuam ainda hoje, a viver no Alqueidão.
Numa altura em que a população do Alqueidão vivia exclusivamente da agricultura, a fábrica dos vidros era a única indústria local. Laborou durante cerca de 4 anos.
O fim da laboração da fábrica dos vidros ocorreu por volta do ano de 1965, altura em que nasceu a fábrica de Malhas Martos. Algumas das raparigas que trabalhavam na Fabrica dos Vidros que entretanto tinham ficado sem o seu emprego, foram admitidas ao serviço da Fábrica das Malhas Martos.
A Fábrica de vidros da Marinha Grande
Foi fundada em 1889. Ao longo da sua história Santos Barosa produziu e comercializou quase todos os tipos de vidro, ou seja vidro plano, cristalaria, artigos de iluminação etc. Actualmente dedica-se exclusivamente ao fabrico de vidro para embalagem.
eu trabalhei nesta fafrica 1 ano de 1968 a1969 antes de ir para a França
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