O Jardim das Oliveiras
É uma homenagem ao Emigrante. Foi construído no Barreiro da Laje, em 1997, num local onde outrora existiu uma Barreira de onde os Romanos extraíam o barro para a industria da cerâmica.
Travessa do Barreiro da Laje
Na travessa do Barreiro da Laje foi colocada uma placa em homenagem a uma antiga professora, a D.Adelaide, que vinha todos os dias a pé, do Reguengo do Fetal, para ensinar as crianças do Alqueidão a ler e a escrever, entrando por um caminho que hoje é a travessa do Barreiro da Laje.
D Adelaide Lalanda Ramos tinha a sua vida familiar montada no Reguengo do Fetal, onde residia. Foi professora no Alqueidão durante 36 anos. A sua regência terminou quando atingiu a reforma.
Estrada do Reguengo do Fetal
Pequeno recanto à direita de quem sai do Alqueidão para o Reguengo do Fetal, consta de 2 mesas em pedra e um grelhador. Foi construído pela Junta de Freguesia no tempo em que era presidente José da Silva Catarino.
Largo do Alto da Carreirancha
A cruz foi erguida em 1927 por um peregrino para assinalar o caminho para Fátima. Chamava-se Francisco Henriques e era da Mata de Porto Mouro, freguesia de Santa Catarina – Caldas da Raínha. Mandou erguer a cruz para que os outros peregrinos não tivessem tanta dificuldade em encontrar o caminho para Fátima, como ele teve.
O espaço envolvente foi criado em homenagem ao Padre Américo Ferreira que foi pároco desta freguesia desde 1957 até 1972.
Jardim da Estrada dos Bouceiros
Homenagem ao Padre Manuel Ferreira que foi pároco da freguesia desde 1950 até 1957. Fica do lado esquerdo à saída do Alqueidão a caminho dos Bouceiros.
Foi o padre Manuel Ferreira que criou o Dispensário materno-infantil, o que veio diminuir em muito a mortalidade infantil no Alqueidão. Fundou a casa de trabalhos para as raparigas, que funcionou onde hoje é a Casa de S. José. Criou também uma biblioteca para a juventude. Plantou as duas tílias do adro. Mandou fazer a chave de prata para a porta do nosso sacrário. Foi ele também quem trouxe as primeiras sessões de cinema, e algumas ao ar livre, nas noites de Verão.
Com estado de abandono em que o jardim se encontra, não se se pode dizer que seja uma homenagem muito digna a alguém que fez tanto por esta terra.
Jardim da Barreira
Uma homenagem ao Major. Fica junto ao cruzamento da Rua da Tojeira e foi construído no lugar onde antes existia a Barreira.
João Pereira conhecido por “Major”, um homem simples que, olhando para a inércia e a falta de vontade das entidades oficiais para resolver os problemas das pessoas, decidiu ele próprio deitar mãos à obra e trabalhar para fazer a estrada que liga o Alqueidão aos Bouceiros e outros caminhos para os terrenos agrícolas de que todos necessitavam.
Para arranjar o dinheiro necessário organizou festas no Largo das Calhandeiras, Cortejos de Oferendas, etc. Reuniu homens e mulheres que se dispuseram a trabalhar voluntariamente, e as obras fizeram-se.
Jardim da Rua Adeferreiro
Construído em homenagem ao Fiscal Costa. Fica do lado esquerdo de quem desce a Rua Adeferreiro, em direcção à Carreirancha.
Lourenço da Costa foi Fiscal Geral dos Hospitais Civis de Lisboa. Foi reformado em 1942, contando 50 anos de serviço, e veio viver para o Alqueidão, sua terra natal. Com os seus conhecimentos de enfermagem tratava gratuitamente de todos os que necessitavam de cuidados de saúde.
O Jardim da Fonte
Foi construído por cima das antigas pias e bicas da Fonte.
Ainda se conserva neste jardim a placa que estava por cima da pia onde bebiam os animais e onde está escrito:
(1919 – MANDADO CONSTRUIR EM BENEFICIO DOS HABITANTES D’ESTA FREGUESIA Á MEMORIA DE D. FELISMINA DE JESUS PATRICIO DA SILVA GARCIA, NASCIDA N’ESTA POVOAÇÃO DO ALQUEIDÃO DA SERRA EM 23 DE ABRIL DE 1829 E DE SUA FILHA D. ADELAIDE SOPHIA GARCIA ALVES)A placa tinha sido colocada na fonte em homenagem a D. Felismina de Jesus Patricio e sua filha Adelaide, que residiam em Lisboa, por terem mandado fazer obras de melhoramentos na fonte antiga. Tratou-se da abertura e lajeamento de dois grandes tanques a que deram o nome de poços, destinados à lavagem de roupas e da construção duma cobertura, para proteger as lavadeiras, do sol ou das chuvas.
Largo do Posto Médico
Monumento comemorativo da Criação da Freguesia.
Foi em 1970, a 25 de Outubro, que se realizou a comemoração centenária da Criação da Freguesia. Nesta altura, o programa foi o seguinte:
Cerca das 14 horas, o Pároco, as entidades oficiais da Freguesia e parte da população, receberam solenemente, na Valicova, o Governador Civil, o Bispo Auxiliar, o Presidente, Vice-Presidente e Vereadores da Câmara de Porto de Mós, os Presidentes dos Municípios de Leiria e Batalha, os Presidentes das Juntas de Freguesia e Pároco de Porto de Mós e Reguengo do Fetal, e as entidades Escolares concelhias e distritais.
Feitos os cumprimentos, organizou-se o cortejo, precedido por dezenas de motoristas e de motociclistas, a caminho do Alqueidão. Na igreja paroquial foi celebrada missa de acção de graças, com a participação do grupo coral da Freguesia. A missa foi celebrada pelo Bispo Auxiliar de Leiria D. Domingos de Pinho Brandão.
Depois da celebração foi organizada a procissão ao cemitério, onde o Senhor D. Domingos voltou a usar da palavra, e terminou com piedosos sufrágios em favor das almas.
A seguir foi inaugurada uma exposição documental na capela da Senhora da Tojeirinha, sob a orientação do Pároco e de Francisco Jorge Furriel. Desta exposição faziam parte muitas peças arqueológicas encontradas na Freguesia no decorrer dos tempos: objectos diversos tais como vestuário, alfaias agrícolas, boiças, moedas, armas de defesa e caça, dobadoiras, algumas contas das que se fabricaram no Alqueidão, artigos de cozinha, livros, pesos, etc.
No adro da Igreja, debaixo do freixo, foi montado um palco onde tomaram assento todas as entidades oficiais atrás referidas. O Pároco abriu a sessão solene, que decorreu sob presidência do Governador Civil, ladeado por D. Domingos de Pinho Brandão e pelo deputado Tomás de Oliveira Dias. Alfredo de Matos discursou sobre “Coisas Arqueológicas e Loisas Históricas do Alqueidão” .
Seguiu-se a inauguração das lápides com os nomes dos filhos, naturais e adoptivos, do Alqueidão que passam a dar o nome algumas das ruas locais. P.e Júlio Pereira Roque, Comandante Afonso Vieira Dionísio, Fiscal Costa e P.e Manuel Afonso e Silva.
Foram também inauguradas lápides com os nomes de Rua de Porto de Mós e de Rua do Reguengo do Fetal.
Houve ainda a inauguração da iluminação do adro, a iluminação do Cruzeiro e a do Campo de Jogos, na Chã.
Na mesma oportunidade, inaugurou-se oficialmente a estrada Carreirancha – Bouceiros, cujo alcatroamento chegava, nessa altura, à Portela Onde Morreu o Cavalo.
Por fim foi inaugurado o monumento comemorativo, que foi desenhado pelo do arquitecto Camilo Korrodi, de Leiria.
À noite, foi servido na Cantina Escolar, um farto e variado jantar. Participaram nele todos os convidados para as comemorações e o Povo no mais alegre e são convívio.
João Carvalho de Matos mandou cunhar, e fez distribuir pelos participantes, uma medalha comemorativa destes acontecimentos.
A Radiotelevisão Portuguesa acompanhou o desenrolar das cerimónias e, dias depois, fez passar um pequeno filme, com vários apontamentos da reportagem. Lamentavelmente nem a Junta de Freguesia nem o Arquivo Paroquial ficaram com uma cópia do pequeno filme.