No tempo da primeira Republica, (de 5 de Outubro de 1910 até 28 de Maio de 1926) era na taberna do Santareno que o pessoal se encontrava para falar sobre as questões conflituosas sociais e políticas dessa época. Esta taberna ficava ao meio da ladeira, do lado esquerdo de quem sobe do cruzamento da Casa do Povo até à Rua de Cima. De tal maneira a taberna era popular, que até a ladeira foi conhecida durante muitos anos como “a Ladeira do Santareno”.
Na geração seguinte, a malta encontrava-se na Casa da Sociedade, (Café Alqueidoense) que ficava no Largo da Rua de Cima. Lá se falava de futebol, e lá se combinavam jogos e ensaios de teatro. Nos dias 13 de cada mês, a casa enchia-se para ouvir as transmissões de Fátima num radiozito que lá existia, e que por acaso até era o único da aldeia.
A geração que se seguiu encontrava-se mais no Farinhas (Café Cordeiro).
Por esta altura já existia muita gente fora da aldeia, (quer fosse por causa do trabalho ou por causa dos estudos), mas logo que chegavam à santa terrinha, iam ao Farinhas. Era por lá que se encontrava toda a gente que interessava para pôr a conversa em dia.
Onde era que se ia depois do trabalho e aos fins de semana, e onde era que se passavam serões inteiros na companhia dos amigos? No Farinhas, naturalmente!. E foi assim sempre, até o café fechar.
E agora? Onde é que a malta se encontra?
Também era ponto obrigatório para a rapaziada de Porto de Mós, aos Domingos á tarde. Íamos na carreira das 3 e para baixo era a pé. Foi lá que eu apanhei a minha primeira bebedeira. Coisas de juventude. Saudades.
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