Terra de Alcunhas

Falar de alcunhas é muito engraçado, até nós próprios sabermos que temos uma, porque ela nem sempre surge pelos melhores motivos. No Alqueidão, entre adultos e crianças é normal o emprego da alcunha. Desde sempre assim foi, e sempre continuará sendo…

A atribuição destes nomes falsos, pode vir de um defeito físico ou moral, da prática de uma virtude cívica, religiosa, de algum jeito característico, da profissão, de qualquer circunstância banal ou até de herança familiar.

Alfredo de Matos registou várias alcunhas de antigamente, algumas delas passaram pelas gerações fora até aos nossos dias. No seguimento desse trabalho, e porque é um facto que atualmente continua a ser normal as pessoas serem mais conhecidas pela alcunha do que pelo nome de batismo, João Gabriel registou as alcunhas mais recentes com a ajuda da rede social Facebook, o que até deu origem a uma notícia publicada na edição de 15 de Outubro de 2010 do jornal “Região de Leiria”.

dsc07855

Verdadeiramente interessante é conhecer os episódios e os momentos que ditaram os batismos com estes nomes falsos, sabendo que uma alcunha pode surgir pelas situações mais inesperadas.

ALENTEJANO Natural do Alentejo veio com a família para trabalhar na fábrica dos vidros, uma filial de uma fábrica de vidros da Marinha Grande que existia no Alqueidão. Depois que fábrica fechou, o Alentejano começou a exercer as funções de veterinário, e foi sempre conhecido pela alcunha.

BATATA – Pertencia a uma família grande, e naquela época passava-se muita fome. Quando havia batatas para o almoço, o garoto puxava-as todas para o lado dele, comia as batatas todas, por isso ganhou a alcunha de “o Batata”.

BRAZILEIRA Um dos filhos da ti Maria Pata casou com uma rapariga natural do Brasil, foram viver para a Carreirancha e aí constituíram família. Toda a vida lhe chamaram a “Brazileira”, poucos sabem o seu nome.

CAÇOILA – Caçula é como se chama ao filho mais novo. A São era a mais nova. A avó chamava-lhe Caçulhita por ela ser a mais nova e a mais pequenita. Começaram a chamar-lhe a Caçoila. E a São ficou Caçoila para toda a vida.

ESPIRITUAL – Não é alcunha, mas parece. Quando a criança nasceu o pai foi registá-la a casa do senhor Carlos Vieira da Rosa (Velho), a atual casa junto ao freixo do adro que entretanto pertenceu ao Carlos Sacristão.

O homem estava super feliz e o Sr. Carlos tinha na adega uma aguardente maravilhosa da sua própria produção. Vamos lá comemorar!…

Agora vamos ao que interessa. Como se vai chamar a criança? Perguntou o Sr. Carlos.

O homem fartou-se de puxar pela cabeça mas já não se lembrava nem bem nem mal qual era o nome que tinha combinado com a esposa e foi dizendo os nomes que lhe vinham à cabeça, até que o Sr. Carlos lhe disse “Pense lá melhor homem, tem que ser um nome mais…. espiritual.”

– Está bem. Pode ser.

– Pode ser, o quê? Perguntou o Sr. Carlos

– Espiritual! Exclama o pai com convicção: Espiritual Vieira da Costa.

LHUCA – Como os irmãos mais novos não conseguiam pronunciar “Lurdes” diziam “Lhu”, e por acharem graça, toda a gente lá em casa lhe começou a chamar “Lhu”. Ouvindo isto as pessoas na rua começaram a chamar-lhe Lhuca e este passou a ser o nome.

MALHADO – Por causa de uma visível marca de nascença.

MIMOSA – Maria da Ascensão Correia Vieira era a costureira da famí­lia. Enquanto Laura, Natália e Clarisse se ocupavam dos trabalhos do campo, Maria da Ascenção ficava em casa, de agulha e dedal, a tratar da roupa das irmãs. Abrigada dos rigores do inverno ou do bronzeador sol de Verão, ela tinha umas delicadas mãos de costureira e recebeu por isso a mimosa alcunha.

MURSELIM – Manuel de Matos Galo divertia-se a colocar nomes sonantes nos filhos do seu pequeno rancho. A uma filha chamava Dona Urraca, Rainha de Portugal, a outra Dona Fúfia, a outro Mussolini, ditador que ocupava o poder em Itália Esta foi a única alcunha que saiu do âmbito familiar. Murselim ficou como alcunha de seu filho José Amado de Matos, que também era conhecido por Zé das Mantas por causa da sua profissão.

PATA – Ela era a responsável pela distribuição do correio. Todos os dias ia a  Porto de Mós buscar  a mala da correspondência para o Alqueidão. Ia e vinha sempre a pé. Naquele tempo não havia transportes, nem estradas, passava-se por uns carreiros pedregosos. Ela só tinha duas hipóteses: ou ia de burro, ou ia à pata (ou seja: a pé).

PIPA – Era criança e gostava de ir a casa do avó Paulo porque ele tinha uma mercearia e lá não faltava o que comer. Um dia o almoço era batatas com bacalhau e o avô mandou-o à adega buscar um jarrinho de vinho. Ele também queria beber, como os homens grandes, e quando chegou à adega pôs a cabeça por debaixo da torneira para beber directamente da pipa. Teve azar, o avô apanhou-o e disse: “Ai o sacana do Zé Pipa”!

PEDRADA – Manuel Correia Amado, quando era garoto, vivia com os pais numa casa que ficava no sítio da atual farmácia, ali mesmo à beira da estrada que vai para Porto de Mós. Gostava de marcar o seu território na passagem dos rapazes da Carreirancha e sempre que os via na estrada junto à sua casa, não perdia a oportunidade de os provocar. “Levas uma pedrada nesses cornos” lá ameaçava, tendo chegado algumas vezes a vias de facto. Afinal a pedrada fez ricochete e alojou-se no seu nome, como alcunha.

PUTANHEIRA –  Esta alcunha do final do século 19, foi atribuída a uma tal de Joana que decidiu fazer um bordel mesmo em frente à  porta da igreja. O padre Afonso prior da paróquia, tentou embargar a obra mas Joana usou todos os seus poderosos argumentos junto da vereação municipal e ganhou. O padre não teve outro remédio senão  fazer obras e virar literalmente a igreja ao contrário passando a casa de Joana a ficar nas traseiras da igreja paroquial.

QUEBRA-CORNOS – Por volta dos anos 50 do século 20, os irmãos Manuel e Joaquim Carapucinha andavam a abrir um poço na Várzea. Enquanto Joaquim escavava no fundo do poço, Manuel puxava o balde com a terra que o irmão enchia no fundo do buraco. Por malandrice o Manuel começou a arremessar algumas pedras para dentro do poço. Partiu a cabeça ao irmão Joaquim e ganhou a alcunha.

QUIONGA – Joaquim Vieira Patrão foi o único alqueidanense que combateu os alemães no norte de Moçambique na primeira Grande Guerra (1914-18) e Quionga era o nome de um sitio habitado no chamado triangulo de Quionga onde combateu. Um lugar que Joaquim Patrão quis juntar com orgulho ao seu nome como alcunha.

REVISA: Disse ele “O meu avô Calvário sempre que passava a camioneta, dizia para mim: “tu ainda hás-de ser o Revisor”. E por ouvirem isto, começaram a chamar-me Revisa”.

ROQUE – Em criança, Manuel Amado Carvalho esperava que a camioneta do Roque (Roque & Alcobia era como se chamava a empresa de camionagem) passasse ao Alqueidão e empoleirava-se na escada das traseiras da camioneta apanhando assim boleia durante um bocadito até à paragem ou curva apertada onde a camioneta abrandava a marcha. Manuel dizia a todos que queria ser motorista quando fosse grande.

SÔR – Na altura em que foi para a escola, chegou ao Alqueidão um professor novo. Manuel de Matos não conseguindo pronunciar corretamente a palavra “professor” referia-se a ele como o “Senhor Sôr”. Foi o suficiente para estabelecer a sua alcunha. Passados uns anos, já ninguém se lembrava que o nome dele era Manuel de Matos, todos o conheciam por Sôr.

TECLA-TRÊS – Moderna, do início do século 21, é uma forma rebuscada de chamar deficiente a alguém, e é oriunda do meio escolar. Nos telemóveis a tecla com o número 3 tem associadas as letras DEF, que podiam ser a abreviatura de deficiente.

TUTA  –  Naquele dia os meninos da escola primária iam aprender a letra T. Que peixe é este, Emidio? Pergunta a professora enquanto aponta para uma truta desenhada no livro de leitura. É ma tuta, responde Emídio Calvário com a prontidão de quem acabara de  pronunciar a sua futura alcunha.

ZAGALO – Influencias do futebol. Zagallo era um célebre jogador brasileiro, vitorioso nos anos de 1958 e 1962.

ZÉ DAS MANTAS – Houve tempos em que José Amado de Matos passava os dias montado na sua motoreta a vender as mantas de lã manufaturadas no tear da famí­lia. Percorria as freguesias vizinhas e ia bastante para os lados dos Casais de Santa Teresa. A mercadoria que vendia de porta-em-porta passou a fazer parte da forma como era conhecido. Também tinha a alcunha de Murselim que lhe foi colocada pelo seu pai.

mantas

Alcunhas Comuns

A alcunha “Saloia” era comum a várias pessoas, todas elas já falecidas:

  • Saloias – As costureirinhas da Rua do Ferreiro. Três irmãs que tinham a particularidade de serem muito baixinhas e eram todas costureiras.
  • A Saloia do Alto da Carreirancha que também era conhecida por Amália do Catalão.
  • A Saloia do Carolino.

A alcunha “Bispo” também é comum a várias pessoas.

Existem atualmente dois Bispos no Alqueidão: O Arlindo Bispo e o Bispo dos Carolinos. O João Bispo já não está entre nós, (chamava-se João Augusto de Matos)

pintura-do-joao-bispo-3

Alcunhas Oficiais

Antigamente era de tal maneira comum o uso da alcunha que até nos livros de registos oficiais elas substituíam o nome próprio. Alfredo de Matos nos seus livros, refere alguns desses casos.

CALÇA – António Calça, que era natural da Freguesia, figura entre os empreiteiros dos vários troços da estrada do Alqueidão a Porto de Mós. É como ele vem mencionado nas “Actas” municipais e no próprio contrato da empreitada.

CHEFRE – No Livro de Notas dum notário de Porto de Mós, com data de 6 de Março de 1677, aparece António Francisco Chefre, do Zambujal a fazer doação de um prazo a duas filhas que tinha.

PATA – No ano de 1762, já era apelido familiar, no Alqueidão. Garante-o com toda a sua autoridade, uma escritura lavrada no competente livro dum notário de Porto de Mós. O dito instrumento notarial é de 20 de Janeiro do referido ano e trata da compra de umas casas de moradia, feita por José Pereira, natural do Alqueidão, termo de Leiria, propriedade essa que partia com “Josefa Pata, viuva”, do mesmo lugar.

RATO – Um documento oficial, existente no Arquivo Histórico Militar, que se ocupa da Guerra Civil ou Lutas Liberais, e que se intitula “Relação das Praças que alistadas com juramento, e chamadas para o Serviço, não têm comparecido”,fala, pelo menos, dois “ninheiros” de Ratos. Um dos Vales, José Vieira Rato, filho de Francisco Vieira Rato; outro no Alqueidão, António Vieira Rato, filho de António Rato. Escrito a 23 de Março de 1834, por Francisco Joaquim Alves de Sousa Amado, na qualidade de Comandante da Guarda Nacional, em Porto de Mós.

SAFORRO – Figura, também, no documento acabado de referir, como parte integrante dum nome próprio.

livrro-de-caligrafia-que-pertencia-a-carlos-vieira-da-rosa

Livro de Caligrafia  – Porque a assinatura é importante aprendia-se a escrever com letra correctamente formada

Alcunhas Hereditárias

Existem alcunhas que passam dos pais para os filhos: o filho do Conca chama-se Conca, assim como o filho do Rissa também se chama Rissa.

Relvas é o filho do Relvinhas e o filho do Caneladas é o Canelas. Bicho é o filho do Bichinho da Seda e o filho do Já-Já também se chama Já-Já.

Normalmente pelo casamento acontece as esposas ficarem com o apelido dos maridos. Aqui às vezes elas herdam as alcunhas dos maridos:

  • Águeda do Cristo
  • Amália do Láparo
  • Céu do Carreirinha
  • Céu do Miano
  • Fátima do Machaqueiro
  • Isabel Pipa
  • Isabel do Académica
  • Isabel do Ministro
  • MariÁgueda do Grande
  • MariÁgueda do Sarrote
  • Regina do Pisco
  • São Batata
  • Trindade do Marinha

Existem alcunhas que têm o poder de atravessar gerações inteiras permitindo que as famílias fiquem conhecidas por esses nomes falsos:

  • Carolinos
  • Caturras
  • Locádias
  • Ploteiras
  • Saltantes
  • Tarelos
  • Trintas

Alcunhas como Apelido

Gabriel

Gabriel Ferreira Cecílio batizou o seu filho com o nome de Manuel Ferreira Cecílio. O menino foi crescendo e como havia outros meninos com o mesmo nome, as pessoas quando se referiam a ele diziam “Manuel – o filho do Gabriel”. Com o passar do tempo toda a gente o chamava Manuel Gabriel.

Manuel, cuja alcunha era o nome próprio do seu pai, casou e constituiu a sua própria família. Teve dois filhos ao primeiro deu o nome de Francisco Gabriel e ao segundo o nome de Rafael Gabriel. E assim Gabriel que era nome próprio, passou a ser o apelido da família nas gerações seguintes.

Galo

Adriano Matos, que passava o tempo livre a correr atrás das raparigas, um dia teve azar e ao saltar uma parede caiu, e batendo com a cabeça numa pedra fez um enorme galo na testa. A partir daí ele passou a chamar-se “o Adriano Galo”.

O filho do Adriano Galo chamava-se Manuel de Matos, e este nome era um aborrecimento porque era constantemente confundido com outra pessoa que tinha exatamente este mesmo nome. Para evitar confusões, o filho do Adriano Matos (de alcunha Galo) assinava sempre Manuel de Matos Galo.

Alcunhas de Nomes Próprios

Os pais deram um nome às suas filhas na pia batismal, mas em alguns casos as meninas ficaram sempre conhecidas pelo nome próprio das mães.

  • A ti Maria Alvina chamava-se Maria de Jesus. Albina era o nome da sua mãe.
  • A ti Maria Cristina chamava-se Maria da Conceição. Cristina era a sua mãe
  • A ti Maria Rabeca chamava-se Maria dos Anjos. Rebeca era o nome da mãe.
  • A ti Macena chamava-se Maria de Jesus. Damascena era a sua mãe.
  • A Maria Júlia da Carreirinha chamava-se Maria de Jesus.
  • A Maria Águeda do Grande chama-se Maria da Assunção.
  • A Maria Isaura chama-se Maria Celeste. Maria Isaura era a alcunha da mãe dela que na realidade se chamava Maria da Encarnação Guilhermina.

Também acontecia os meninos herdarem os nomes das mães: O Toino da Queimada; o Correia da Marta …. o filho do Correia da Marta, o Daniel, era conhecido como o “Daniel do Correia da Marta”.

As Recolhas

As Alcunhas mais Antigas

As Alcunhas mais Recentes

 Em actualização…

 As Listas

A

A, Abalou, Abóbora, Académica, A-dos-Quinze, Agrícula, Ai-Boneco, Ai-Bonecro, Alabanca, Aleluia, Alemão, Alentejano, Alfaiate, Almanaque, Alves, Amarelo, Ancas, Anucia, Araponga, Arunca, Asa Negra, Avu.

B

Badajós, Badaró, Bagocho,  Baiana, Baixinha, Bajouca, Balugas, Bambo,Banana, Barbeiro,Barê, Bareta, Barraca, Barreiricas, Barrenteiro, Barrigas, Barril, Barrote, Bart Simpson Barruil, Batata, Bazil, Bazileiro, Bé, Beleguim, Bento, Berlier Estampada, Bezugo, Bichinho, Bichinho da Seda, Bicho, Bico,Bigodis, Bileia, Biscoito, Bispo, Biu, Boi, Bonecro, Borda, Borrego, Branco, Branquinho, Brazileira, Brilhanta, Brogueira, Bugalheiro, Bulguim.

C

Cabeça, Caçamba, Cação, Cacholas, Cachopinho, Cachudo, Caçoila, Cadelas, Caim, Calado, Calaias, Calça, Calhorda, Cali, Caló, Caneladas, Canelo, Caneta, Canhoto, Canivete, Cantante,Canudo, Canza, Capador, Capela, Carapau, Carapucinha, Carcaça, Carcalhó, Careca, Carmona, Carreirinha, Carriço, Carumbas, Carunça, Cascalheira, Cascão, Casco, Casqueta, Catalão, Catão, Catapum, Catoa, Catovia, Caturra, Caturrica, Cavalo, Cebola, Chaleira, Chanfana, Chapeleiro, Chapéu-de-Ferro, Charefe, Charéu, Chefe, Chefre, Chico da Moça, Chico Velho, China, Chino, Chiolas, Chora, Chouriço, Chourinha, Ciclope, Cigano, Claro, Có, Coda, Coiceira, Conca, Conhinhim, Coquinhas, Corta, Covas, Coxo, Coxo do Barreiro, Crista, Cró, Cróvias, Cuca, Cucu, Cunena, Curica.

D

Dar-e-Ter, Dente, Dente Fecão, Desoito, Dez, Diplomata, Doença, Domingotes, Doze, Dr. de Leis, Drogas.

E

Eléctrico, Enchuto, Engenheiro, Ermita, Escogita, Escolástico, Escravela, Esgaceta, Espanhol, Espanholito, Espaulitada, Espião, Esquiboi, Está-a-Jantar, Estafeta, Estranho, Estudante.

F

Fainó, Falhosca, Fancarroa, Fanheta, Farinhas, Farmacêutico, Farnel, Farol, Farola, Farrajola, Farramenta, Farrompes, Faustino, Felhó, Felpa, Ferralhas, Ferreiro, Ferrolho, Fifas, Fiscal, Flexa, Fontes, Formiga, Fotografo, Frangaíco, Fritus, Fugas, Fúria, Fusca, Fusco.

G

Gaiolas, Galete, Galga-Paredes, Galistro, Galo, Gamelas, Ganana, Gancho, Garruncho, Gata Cagada, Gemada, Gigo, Giló, Ginja, Ginja, Ginja Garrafal, Golveias, Graixa, Grande, Graúdo, Grelo, Grila, Grilo, Grómico, Guarda Livros.

H

I

Inça

J

Já-já, Jaleira, Jamã, Jambrã, Janardo, Janeiro, Japão, Japonês, Jaquim das Burras, Jaquim Velho, Jardel, Jardineiro, Jesus, Jinho, Jó, Joaninho, João da Avó, Joca, Jonas, José da Horta, José da Pipa, José da Velha, José do Casco, José do Valem José Glória, José Grande, José Moleiro, José Roso, Joso, Jota, Ju, Juca, Juneca.

K

Kiko

L

Labita, Lã-Branca, Láparo, Lástima, Latas, Lateiro, Laticas, Lato, Lebre, Lhuca, Lisboa, Locádia, Loisinha.

M

Macacão, Machaqueiro, Madeira, Magano, Magota, Maica, Mais Grosso, Major, Mala, Malhado, Malhão, Malhoa, Manarrão, Manecas, Manecha, Manim, Mantas, Manteigas, Maquida, Maranhão, Mareco, Maria da Cadela, Maria Machadão, Maria Redonda, Maria Santíssima, Marinha, Marmeleira, Marolas, Marquina, Marruancho, Matateu, Mau-Homem, Meia, Mel, Menderico, Mèquinho, Merendeira, Merinho, Miana, Miano, Migalha, Migalhinhas, Mija, Mimosa, Mingalharós, Ministro, Mira, Mira-Minde, Mítaras, Moca, Mocha, Mocho, Moita, Moso, Moleiro, Morantes, Moreira, Morino, Mota Machado, Mòzinho, Murcelim, Murdock.

N

Naco, Nicho, Numbertinho, Naca, Naco, Nebas, Nino.

O

Onça, Opás, Naca, Naco, Nebas, Nino.

P

Padeira, Padreco, Padre-Nosso, Padriano, Paisana, Pala, Palmeira, Pancha, Paraná, Parra, Parrana, Parrilhas, Partes, Partes, Parva, Pasico, Passa, Pata, Pátara, Patola, Paulada, Paulititó, Pé Leve, Pecheco, Pecho, Pedisalta, Pedrada, Peirdeiro, Peixeira,,Pé-Leve, Pelítica, Pelóteira, Penilha, Pepino, Pera-Neve, Perdigota, Perquita, Petisqueira,  Pi, Pia, Piaça, Piçalho, Picanço, Picasso, Picheira, Pidel, Piegas, Pierrot, Pifre, Piloto, Pintor, Pipa, Pirocas, Pirralha, Pisa, Pisco, Pistola, Pitau, Pitroleira, Pixoi, Plainas, Planice, Ploteira, Policio, Pombo, Pontas, Portela, Português, Praia, Prégaleira, Preto, Pulante, Pulga, Punhais, Putanheira.

Q

Quebra-Cornos, Queijo, Queimada, Queimado, Queixo, Quimbó, Quionga.

R

Rabacha, Rabacho, Rabicho, Rapioca, Raposa, Raposo, Rasta, Rastilho, Ratão,Ratico, Rato, Rebola, Relhas, Relvas, Relvinhas, Reviro, Revisa, Roma, Roque, Rosa do Adro, Rosca, Rosinha, Roubador, Roubadora, Ruço,  Rã, Rucha-Cacho, Rudo, Ruleta.

S

Saforro, Safrino, Saldanha, Saloia, Saloio, Salsa, Salsinha, Samarra, Sanfona, Santareno, Santas, Santo, Sapateira, Sapico, Sarrana, Sarrano, Securas, Selva, Sementes, Seminário, Sempre-Estrada,  Sereno, Serôdio, Serra Botas, Serrador, Serrote, Sete, Sica, Silva, Sio, Siô, Solmarino, Somara, Sôr, Sulipente, Suporte, Surdo, Surtivão.

T

Tabucha, Tacho, Tai, Talibã, Tanchano, Tancharro, Tancheira, Tangas, Taranta, Tás-a-Ver, Tchóvina, Tecla três, Tenente, Teso, Tesório, Testa, Tichavinha, Tirinho, Tita,  Tomate, Toneca, Tonicha, Tormenta, Torres, Toyota, Trabuca, Trailaró, Tramocinha, Traste, Trepes, Três Curvas, Trinta, Trinta e um, Trinta Raios, Tróia, Trrês, Tucho, Turista, Tuta.

U

V

Valongueiro, Vangueira, Vangueiro, Varada, Varela, Velho, Vem-Cá, Veneno, Vérgas, Vicente, Vinde-a-Ver, Vinte Sete, Vira.

X

Xabia, Xagas, Xaréu, Xéxara, Xinô.

Z

Zagalo, Zambujeiro, Zambujo, Zana, Zanagam Zé da Eira, Zé das Mantas, Zé Estragado, Zé Padeiro, Zé-Zé, Zica, Zico.

Esta entrada foi publicada em Património Imaterial. ligação permanente.

8 respostas a Terra de Alcunhas

  1. srichii diz:

    Epá falta aqui uma alcunha mítica, de um Sr. que muitos alqueidoenses não cobseguirão deixar de sentir saudade:
    O Doca / SiLiTri

    Gostar

  2. Maria de Fatima Carvalho Pedro diz:

    Que linda ideia tiveram em contar a historia das alcunhas de pessoas do Alqueidao !! Obrigada pelo trabalho que tiveram, é précioso. Pessoalmente lembro-me mais de certas pessoas que nao vi há anos pela alcunha.
    Sou filha do Domingos Cabeça e da Gracinda em quem deram alcunha de Raposa…

    Gostar

  3. sofia diz:

    Fusca, Fusco, Safrino, jaquim velho, zé padeiro

    Gostar

  4. ANA MARIA LAINE diz:

    tambem não vi as alcunhas os meus dois tios o “Jardineiro” e o “Tai” irmãos do meu pai “Manel sortivão”
    Obrigada Dulce por o teu trabalho

    Ana Maria filha do Manel Sortivão

    Gostar

  5. henriqueta diz:

    Em todas estas alcunhas não consegui encontrar a do meu pai e também o da minha mãe,( que era o ti Xagas e a minha mãe que lhe chamavam ti Maria Júlia quando o seu nome era Maria de Jesus) que nasceram, cresceram ,casaram e toda a vida viveram no Alqueidão. Trabalharam muito para a terra, simples mas com muito valor. Agradeço-lhe o dom da vida que me deram e todos os valores que nos transmitiram. Tenho que se tenham esquecido de pessoas que nasceram e sempre viveram na terra e outros que nem sequer lá nasceram e até alguns que nem sempre lá residiram não foram esquecidos. Lamento..

    Gostar

Obrigado pela visita. Volte sempre!

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s