Montaria ao Javali

Hoje, 15 de Janeiro de 2017, o Clube de Caça Pesca e Tiro do Alqueidão da Serra e Reguengo do Fetal levou a cabo mais uma montaria ao Javali.

O dia amanheceu muito frio. Os termómetros marcavam -3 ºC às 8h30 quando começaram a chegar os caçadores ao local marcado para o encontro, que este ano foi o salão junto à Igreja dos Bouceiros.

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O cheff Márcio do Recanto dos Sabores preparou as mesas para o mata-bicho dos 140 participantes.

Entretanto o Miguel, um dos responsáveis pela realização deste evento, saiu com o matilheiro para lhe dar a conhecer os caminhos onde deviam ser largados os cães.

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Os cães desempenham aqui um papel muito importante porque fazem com que os javalis abandonem os seus refúgios e se tornem mais facilmente visíveis aos caçadores.

Depois de um farto pequeno-almoço, os 140 monteiros dirigiram-se para os locais de caça, e foram libertadas as matilhas.

Tudo pronto e pacientemente à espera. Passou o tempo e…. de javali nem sombra.

Foto de Helder Carvalho

Cadê os bichos?

E o resultado final da caçada foi:………… dois javalis e uma raposa, sendo que os dois javalis foram abatidos pelo mesmo caçador.

Depois da montaria, seguiu-se o almoço servido pelo cozinheiro de serviço, Márcio Marto.

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Foto de Helder Carvalho

A montaria ao javali é muito mais do que um desporto. A gestão da caça desempenha um papel importante no controle da densidade das populações de Javalis e mantém o equilíbrio ecológico.

Ao longo do ano os caçadores lavram os terrenos na serra para semear grandes quantidades de cereais para alimentação dos amimais, e deixam também tanques com água em alguns locais.

Os animais vivem livres na serra, escavam grandes buracos para fazer os seus abrigos, mas também estragam o trabalho dos agricultores, e por isso não são vistos com bons olhos. Espécies como o javali, correriam mesmo o risco de desaparecer, se não fosse o interesse na sua preservação para a caça.

O abate do animal é a parte mais visível da caça, mas não a mais importante. Quem participa numa montaria, contacta com a natureza, partilha com os outros caçadores  histórias e experiências e o tempo de paciente espera pelo animal que, na maioria das vezes pressentindo o perigo nem aparece por perto.

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