14 de Fevereiro
No século III d.c. o Imperador Romano Claudius II proibiu os casamentos para assim mais facilmente poder juntar soldados para as suas tropas.
Um sacerdote da época, de nome Valentim, desrespeitando este decreto imperial continuou a realizar os casamentos. Quando o segredo foi descoberto Valentim foi preso, torturado e condenado à morte.
Enquanto esteve preso Valentim conseguiu enviar e receber algumas cartas, o que está na origem da troca de cartões neste dia, a que chamamos de “valentines”.
A execução de Valentim ocorreu no dia 14 de Fevereiro, e por isso nesta data celebramos o Dia de São Valentim, o padroeiro do namoro, noivado e casamento.
O Namoro
Nas décadas de 30 a 70, do século passado, a maioria dos namoros tinha o mesmo padrão: Nada de intimidades. O casal namorava nos limites da casa dos pais da rapariga, debaixo dos olhares de irmãos, pais, etc. O objectivo do namoro era o casamento.
Quando os namorados saiam para passear pelo campo nunca iam sozinhos. Se não fossem em grupos, alguém teria que os acompanhar.

Em frente: O Zé Mercelino e São ———– Ao fundo: O Ti Alberto e a Maria Isaura
Aproveitavam muitas vezes as idas à Fonte para namorar pelo caminho, ou enquanto esperavam que o cântaro enchesse nas bicas de bronze que existiam na fonte. Tal como referiam os versos da cantiga “Hino ao Alqueidão”:
Vai-se lá abaixo à fonte que alegria lá passar Aos pares pelo caminho Vão murmurando baixinho pra ninguém os escutar. Oh que lindos carreirinhos que acarretam a saudade aonde os pares vão sozinhos Alegres muito juntinhos Quando se tem amizade.
Almanaque e Lhuca
Hoje em dia, esta é mais uma data que é sinónimo de consumismo. As pessoas parecem achar que as demonstrações de afecto e carinho se resumem a este dia, e dispersam-se por entre ofertas de chocolates e flores, peluches com declarações de amor, pacotes especiais em hotéis de luxo, restaurantes e spas.
Era bom não esquecer que as pessoas especiais, também o são nos outros dias do ano, e Dia dos Namorados é sempre que um homem quiser…