Adriano Vieira

adriano1Adriano Vieira nasceu nos Casais dos Vales em 18 de Fevereiro de 1897. Casou com Maria da Costa em 09 de Outubro de 1921.  Deste casamento nasceram duas filhas. Ficou viúvo em Abril de 1967.

Como tantos outros do seu tempo, o ti Adriano conheceu bem as dificuldades da vida. Trabalhava na agricultura, e por essas terras fora, ele cavou, vindimou, ceifou…

Bombarral, Sintra e São Domingos de Rana eram locais que recebiam ranchos da nossa terra. O ordenado variava entre $80  e 2$50 por dia. O ti Adriano dizia sempre com orgulho que nunca trabalhou ao domingo e ia sempre à missa com o seu rancho.

Lembrava-se da implantação da republica e do que o seu pai lhe dizia:” Acabou a rainha, estamos desgraçados. Vamos ficar mal”.

O que mais o impressionou na sua vida foram as aparições de Fátima. Tinha então 20 anos e foi o ano das sortes (inspecção militar).

Logo em Junho de 1917 ele foi a Fátima, e nunca mais deixou de lá ir. Em Outubro ele foi uma das testemunhas do Milagre do Sol. Era impressionante ouvir a sua descrição.

Naquele dia 13 de Outubro de 1917, quando lhe perguntavam: “O que é que foi lá?”, ele respondia: “Oh rapazes, foi um milagre. Gente a chorar… chuva grossa, ficamos todos molhados, mas de repente… tudo secou.”

O padre Rosa não acreditava que Nossa Senhora tivesse aparecido em Fátima, mas foi ele o escolhido para fazer o Inquérito Vicarial de Porto de Mós, e depois de ouvir os relatos das testemunhas, (que o ti Adriano conhecida bem porque também tinha estado lá com elas) o padre Joaquim Vieira da Rosa passou a acreditar, e então dizia: “Agora voçês podem acreditar que Nossa Senhora aparece lá”.

Muitos outros acontecimentos históricos sobre Fátima o ti Adriano relatava, porque os tinha presenciado, como por exemplo, aquele homem que levava uma bomba no bolso, e quando foi para a fazer explodir, o que encontrou no bolso foi um terço.

O ti Adriano presenciou todas estas coisas porque ele foi sempre a Fátima no dia 13 de cada mês, e não importava se fazia chuva ou sol.

Para os dias de chuva ele comprou uns botins pretos e um fato de oleado também preto, e ia sempre de barrete, sempre a pé e sempre sozinho. Só quando a vista começou a falhar, por questões de segurança a família não o deixava ir.

Este homem caminhou para Fátima no dia 13 todos dos meses durante cerca de 70 anos, e quando lhe perguntavam porquê, dizia simplesmente: “eu tenho fé em Nossa Senhora”.

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Uma das sua filhas, a Emília, faleceu em 19 de Janeiro de 2017. Tinha 97 anos. Também ela era muito devota de Nossa Senhora, tal como o seu pai. Fica-nos a memória de uma pessoa com um coração do tamanho do mundo, sempre preocupada com o bem estar dos outros e sempre pronta para ajudar quem precisava.

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