…continuação
Primeiras Dificuldades

Igreja de S. João, em Porto de Mós onde o P. Júlio exerceu funções de coadjutor
Aproveitando a tribuna que tinha disponível, as páginas do singelo semanário “O Portomosense”, Jupéro iniciou sozinho a campanha pela restauração da diocese tendo apenas diante de si uma folha de papel em branco onde escreveu o histórico artigo de opinião “Um Alvitre”, a sua proposta de restauração da diocese. A mensagem espalhou-se como o som de um trovão e eclodiu por toda a antiga diocese de Leiria chegando mesmo ao Patriarcado de Lisboa onde foi recebida com desconforto.
Cedo o padre Júlio percebeu que não poderia contar com o apoio e muito menos com a cumplicidade do ilustre leiriense sagrado bispo Auxiliar de Lisboa. Mas esse facto não o fez desistir, bem pelo contrário. Com as suas crónicas Jupéro foi beliscando desassombradamente os poderes instituídos em Lisboa e Coimbra embaraçando, sempre com elevação, as duas dioceses que repartiam entre si, por ordem papal, a soberania do antigo bispado de Leiria.
- José Alves de Matos, o bispo auxiliar de Lisboa, foi dando respostas indiretas às crónicas de Jupéro procurando demovê-lo da sua campanha com persuasivos e insistentes convites para que aceitasse exercer funções de capelania na quinta de sua amiga a Condessa de Penha Longa, em Sintra, onde seria bem remunerado e teria uma vida confortável.
“V.ª Rev.ma ficaria assim em excelentes condições de se entregar às lides da imprensa católica”, escreve o arcebispo num dos convites com data de março de 1905 dirigido ao padre Júlio.
Mas as dificuldades para a causa da restauração da Diocese vinham também do ambiente político da época. A causa republicana, ganhando terreno no país, perturbava as possibilidades de sucesso da missão de Jupéro.
Já agora, alguém se lembra do Hino do Bispo Novo, que aprendemos aquando da visita do bispo D. Manuel Pereira Venâncio ao Alqueidão, por volta de 1954 ou 1955?
GostarGostar
Não tenho ideia nenhuma. Era bem interessante recuperá-lo, se houver alguém que se lembre dele.
GostarGostar
Dulce, do que me lembro, era assim: “Salvé salvé, Pastor venerando / Que viest’radições reatar / Vosso anel, reverendo, beijamos / E cantamos Bem-Vindo sejais.”
GostarLiked by 1 person
João, D. João Pereira Venâncio
GostarGostar
Certo, João, não sei como me não lembrei que era João o D. João.
GostarGostar