MISSÃO CUMPRIDA

Casa onde viveu Jupéro em Alqueidão da Serra
A Condessa de Penha Longa despediu o seu capelão particular, padre Júlio Pereira Roque, por ocasião da Páscoa de 1916 e este, como forma de garantir o seu sustento, fez algum trabalho pastoral em Alcabideche logo após o despedimento e antes de regressar ao Alqueidão da Serra.
Passou algumas temporadas no Santuário dos Milagres na residência do reitor e seu amigo padre Ferreira de Lacerda, mas é no Alqueidão da Serra que o Padre Júlio recebe com alegria a notícia da restauração da Diocese.
Dada em Roma a 17 de janeiro de 1918, a Bula da Restauração do Bispado de Leiria só foi conhecida no dia 22 de fevereiro e tornada pública a 28 através das páginas de “O Mensageiro” que titulava: “Católicos! Foi restaurado o Bispado de Leiria. Saudando-vos por essa restauração, bradamos: Viva S. Santidade Bento XV! Viva a Diocese de Leiria!”
Na hora de celebrar a concretização da missão da sua vida, Jupéro vê, qual guerreiro humilde retirado na pacatez da sua aldeia natal, o amigo recente e patrão no jornal “O Mensageiro” ser louvado, homenageado e premiado pelo notável feito.
O sentido de justiça do padre Ferreira de Lacerda levou-o a escrever o seguinte parágrafo na notícia da restauração do Bispado publicada no seu jornal:
“Têm sido dirigidas ao diretor de “O Mensageiro” vários cartões e cartas felicitando-o pela restauração do Bispado. É Jupéro quem tem jus a estas demonstrações de carinho e para ele as enviamos. O pouco que o diretor deste jornal trabalhou é nada com o que a restauração deve a Jupéro.”
Com esta brevíssima ressalva terá o diretor de “O Mensageiro” julgado saldada a dívida de gratidão para com o amigo e lutador da causa da restauração do Bispado.
Nesta edição do jornal Jupéro assina apenas uma local intitulada “Pela Semana- Crónica Política” onde analisa a política nacional. Sobre a restauração do Bispado, nem uma palavra…