Chegados ao final de mais um ano, aqui ficam os principais acontecimentos que marcaram a vida na nossa aldeia.
Este ano foi assim: Janeiro, Fevereiro, Março… Quarentena, Confinamento, Máscara, Alcool-gel… Dezembro.
As festas, e os convívios foram possíveis nos primeiros meses do ano, quando apenas se ouvia falar de pandemia nos outros países do mundo. Depressa chegou cá.
A pandemia Covid-19 trocou-nos as voltas todas. Todos os eventos programados para este ano, tais como caminhadas, concertos, reuniões, tudo foi cancelado, no entanto as datas das festas tradicionais foram assinaladas da forma que foi possível, e o calendário cristão também foi cumprido com as devidas adaptações.
As missas passaram a ser transmitidas pela internet, e eram celebradas com o mínimo de pessoas presentes, e durante todos os dias do Mês de Maio se rezou o terço na Capela da Tojeirinha, transmitido em direto pelo facebook da paróquia.
Revista de um ano que veio para nos ensinar muitas coisas
No dia 1 de Janeiro a missa foi presidida pelo Padre José Frazão Correia, fez-se a tradicional procissão à Capela da Tojeirinha, a Benção de Ano Novo, e também vieram as vendedoras de pinhões como habitualmente.

No dia 11 de Janeiro teve lugar no Auditório José da Silva Catarino um concerto promovido pela Associação Alecrim e Salva., com os “Tribu da Vila”.

No dia 2 de Fevereiro celebramos como habitualmente a Senhora das Candeias. Na celebração as crianças da catequese fizeram a representação da Apresentação do Menino Jesus no Templo e o Padre Vitor invocou a benção de Deus sobre as mães e as crianças que nasceram entre 2 de Fevereiro de 2019 e 2 de Fevereiro de 2020. Como sempre, esta celebração contou com a presença de muito povo.

Depois disto, todas as atenções se voltaram para travar a pandemia, e as celebrações tiveram que ser todas adaptadas.
O tempo pascal que é o mais importante do calendário cristão foi diferente este ano.
Chegou 5 de Abril. Era Domingo de Ramos. Não se pode fazer a habitual benção dos Ramos no adro e a procissão de entrada para a missa. As pessoas foram convidadas a fazer uma cruz para colocar na porta, e assim este dia não passou despercebido.
Sábado Santo.
Tudo em casa. Não há Via Sacra pelas ruas. Não há ninguém pelas ruas. Tudo é silencio.
No Domingo de Páscoa a missa foi no adro, como aliás tem sido o novo normal. Todos levaram os seus banquinhos, todos desinfetaram as mão à entrada do adro, mantiveram as distancias e no fim todos voltaram para casa. Depois veio o dia de Pentecostes e foi a mesma coisa, sem festas, sem beijos nem abraços.
Chegamos ao mês dos santos populares. Não há festa de São Pedro. Não vamos lá, o São Pedro vem cá. Esperámos no adro, para uma pequena celebração, cumprindo todas as regras de segurança recomendadas.
E já estamos no verão. As grandes festas de Agosto também vão ser diferentes este ano.
Depois da missa no Adro, venderam-se cavacas, bolos, coscorões, morcelas e frango assado, para levar para casa e o sorteio foi transmitido em direto para a página do facebook da paróquia. As imagens de Nossa Senhora e São José percorreram todas as ruas da aldeia em cima de uma carrinha.
Uma semana depois da Festa do Alqueidão foi a Festa nos Bouceiros. Em 30 de Agosto celebrámos São Bento e Santa Quitéria, apenas com a missa, e a venda do andor de bolos e cavacas logo a seguir, e todo o mundo voltou para casa.

Depois em Setembro também se assinalou a Festa de Nossa Senhora da Saúde nos Bouceiros, não como todos os anos, mas da forma que foi possível.
Em 11 de Outubro foi a festa do Sagrado Coração de Jesus, também no adro e com todas as regras de segurança propostas pela DGS.

E chegou Novembro e com ele o Dia de Pão por Deus. Normalmente neste dia as ruas enchem-se de crianças, e é uma alegria ver tanta criança a correr pelas ruas. Este ano todas as ruas estavam todas desertas. Não se vê vivalma! Uma tristeza imensa…
E pelo São Martinho não há o Magusto. Não há convívio organizado pela Ação Católica nem as castanhas que a Junta de Freguesia costuma oferecer.
Mesmo assim a doença não nos dá tréguas, e tudo se desenvolve no sentido de não nos podermos juntar no Natal.
E chegamos ao ultimo mês de um ano que ninguém merece. Com os profissionais de saúde esgotados, não há espaço para se preocuparem com as outras doenças. Só se pensa em Covid, no entanto as outras doenças não deixaram de existir por causa disso. As pessoas com doenças crónicas sofrem mais, e algumas acabam por morrer por falta de assistência.
Todo este ano foi marcado por tufões, furações, tempestades, sismos, cheias e inundações. E como se não bastasse, não podemos esquecer todo o sofrimento causado pelos ataques de radicais ligados ao Daesh, na província de Cabo Delgado em Moçambique que espalharam o terror e a morte.
Em 21 de Dezembro começou o inverno. Este ano, neste dia acontece a conjunção planetária entre os dois planetas Júpiter e Saturno numa nova “Estrela de Belém”. Este fenómeno só vai voltar a repetir-se em 2080.
Chegou o Natal…. a luz voltou!

Mas, para variar, não pudemos celebrar como nos outros anos. Nós, que nos queixávamos de tantas coisas, nem fazíamos ideia nenhuma de que pudessem existir anos como este.
Em 30 de Dezembro de 2020 o ponto da situação no nosso país era o seguinte:
Nº de casos
- Activos 68.205
- Recuperados 331.016
- Óbitos 6.830
- Confirmados 406.051
Mas já há vacinas. Nunca uma vacina foi desenvolvida em tão curto espaço de tempo. A vacinação começou a 27 de Dezembro.
Na passagem de ano costumamos nos juntar no moinho para ver o fogo de artificio e apreciar todos os fogos de artificio nos concelhos à nossa volta. Com a proibição de circular na via pública nestes dias, o fogo de artificio só pode ser visto da nossa janela. Estamos gratos porque chegamos até aqui.
2020 foi um teste à nossa resistência. Acreditamos em 2021.
Feliz Ano Novo