Existem árvores muito antigas ao redor da aldeia, por exemplo no Vale das Matas, no Vale das Guianas, e em outros lugares, mas existem algumas mesmo no centro do Alqueidão que fazem parte das memórias das gentes desta terra, mas que passam completamente despercebidas, ou, melhor dizendo, nós é que passamos por elas sem reparar.
O Freixo do Adro

Foi plantado em 24 de Junho de 1861. Sabemos isto porque foi o Padre Afonso quem o plantou para assinalar o dia da sua chegada ao Alqueidão da Serra. Entretanto passaram 160 anos. O Freixo testemunhou tantas coisas!…Muitas alegrias e muita tristeza passaram por ele no Adro da igreja. Ninguém se lembra do Adro sem Freixo. Ele sempre esteve lá.
As Oliveiras do Adro

A referencia mais antiga dá-nos conta que em Março de 1919 Luís Gaspar da Silva Raposo era presidente da Comissão Admnistrativa que substituiu a Junta de Freguesia. Ele colocou à venda em hasta publica todos os bens que pertenciam à igreja… e à Junta. Salvou-se o Olival do “Senhor”, graças à intervenção do Padre Júlio Pereira Roque.
Pelo menos o olival do «Senhor» não se foi na enxurrada de roubos, que tantas coisas levou. Bem caro ficou ao padre Júlio ter-se metido em tal assunto…
Pouco tempo depois, por vingança, colocaram uma bomba no parapeito da janela do quarto onde o padre Júlio e o seu irmão Francisco dormiam. Disto resultaram alguns estragos, um grande susto, mas ninguém ficou ferido.
As oliveiras do Adro, formavam o Olival do “Senhor”, de onde era extraído o azeite que alumiava o Santíssímo durante todo o ano. Ainda existem 4 destas oliveiras.
As Tílias do Adro

Existiam duas. Uma delas morreu e teve de ser retirada do local. A outra sobreviveu à poda radical que lhe fizeram em 2020, e na primavera de 2021 ela lá estava, linda e maravilhosa como sempre!.
Não sabendo exatamente o ano em que as Tílias foram plantadas, sabemos que foi o padre Manuel Ferreira quem as plantou, e assim sendo foi na década de 50, porque o Padre Manuel Ferreira foi pároco do Alqueidão da Serra nos anos de 1950 a 1958.
O Carvalho do Filipe

Está na Rua da ti Maria Amada desde sempre…
Pertencia ao Filipe, mas só com esta referencia não se consegue saber a idade do Carvalho.
O Filipe era filho de António Pedro Rato e Maria Correia (irmão da ti Júlia do Rato). Nasceu a 19 de Julho de 1872. Casou em 06-02-1907, quando tinha 35 anos. Apenas sabemos que o carvalho era dele.
A Nogueira do Rosinha
A árvore está na Travessa da Nogueira, no quintal do Inofre. Ninguém consegue saber a idade que ela tem. Quando o pai do Inofre comprou aquela casa, a nogueira já la estava, no quintal. Todas as gerações se lembram dela.

E certamente existem mais que também mereciam referencia, mas estas fazem parte do nosso dia-a-dia, e, na nossa correria desenfreada, dificilmente reparamos nelas.