O jubileu é uma solenidade da Igreja Católica, hoje realizada a cada 25 anos.
Por motivos especiais o papa pode comemorar jubileus extraordinários, onde concede a remissão dos pecados. O Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, um Ano Santo Extraordinário, instituído por ele e que terá como centro a misericórdia de Deus.
O Jubileu da Misericórdia teve início no dia oito de dezembro de 2015, dia da Imaculada Conceição, e o encerramento será no dia 20 de novembro de 2016: “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da misericórdia”.
Abertura da Porta Santa
“Abri as portas da justiça, nelas entraremos para dar graças ao Senhor”. Foi com estas palavras que D. António Marto, bispo da Diocese de Leiria-Fátima, procedeu à abertura da Porta Santa da Misericórdia, no dia 8 de dezembro de 2015, no Santuário de Fátima.
Jubileu Extraordinário da Misericórdia
“O Papa Francisco quer ajudar-nos a descobrir o coração de Deus, revelado em Jesus, na sua vida, nos seus gestos e nas suas palavras, e anunciou um Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
Este é, por conseguinte, um ano em que nos devemos empenhar, em primeiro lugar, em conhecer melhor o coração de Deus, que se revelou em Jesus como Pai bom e misericordioso. Diz o Papa Francisco que a misericórdia de Deus “tornou-se visível e palpável em toda a vida de Jesus”. Vamos então meter-nos pelo caminho do Evangelho para fazer esta descoberta, nomeadamente através das parábolas da misericórdia que São Lucas narra no capítulo XV do seu Evangelho.
Em segundo lugar, vamos aprofundar o Sacramento da Penitência, onde Deus nos dá a sua misericórdia, perdoando os nossos pecados. “A misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas é uma realidade que cada um de nós pode experimentar. No Sacramento da Penitência “Deus revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe, um amor feito de ternura e compaixão, de indulgência e de perdão”, que está ao alcance de todos.
Em terceiro lugar, vamos ser misericordiosos exercitando a misericórdia uns para com os outros, como Deus é misericordioso para connosco, não julgando os outros, não condenando, perdoando, dando amor e perdão sem medida.
O Papa Francisco lembra-nos que “Jesus colocou a misericórdia como um ideal de vida e como critério de credibilidade para a nossa fé e proclamou «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7). Esta é a bem-aventurança que deve suscitar o nosso particular empenho neste ano Santo.
Numa sociedade profundamente marcada pela violência, pela conflitualidade verbal e física, pela indiferença, frieza, dureza de coração, falta de tolerância, compreensão, compaixão e humanidade, nós, os discípulos de Jesus, somos chamados a testemunhar a misericórdia, sendo misericordiosos, perdoando e cuidando das fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos.
Cristão é aquele que é capaz de perdoar como Jesus, e “o perdão é uma força que ressuscita para uma vida nova e infunde a coragem para olhar o futuro com esperança”.
O Ano Santo da Misericórdia é uma oportunidade para voltarmos às obras de misericórdia corporais e espirituais, de “acordar a consciência adormecida perante o drama da pobreza e de entrar mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”.
Neste Ano Santo jubilar “deixemo-nos surpreender por Deus”, que nos convida, através do Papa Francisco, a conhecer melhor o Seu coração, a experimentar a Sua misericórdia e a sermos misericordiosos como Deus, nosso Pai é misericordioso.”
† Joaquim Mendes (Bispo Auxiliar de Lisboa)
Como obter indulgências plenárias no Jubileu da Misericórdia
Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo e qualquer pecado, até venial, requere-se o cumprimento das três condições seguintes:
- Confissão sacramental,
- Comunhão eucarística
- Oração pelas intenções do Santo Padre.