Filha de Manuel Jorge Furriel e de Esperança da Silva, Herminia da Silva Rosa nasceu no Alqueidão em 31 de Outubro de 1919.
Seus irmãos eram: a Maria Adélia (Maria dos Figuinhos), a Isabel Maria (Isabel do Telmo), Ezequiel Jorge Furriel (Fugas) e Francisco Jorge Furriel.
Era sobrinha dos Padres Rosa, 3 irmãos que nasceram no Alqueidão e que seguiram a vida eclesiástica: Joaquim Vieira da Rosa, Francisco Vieira da Rosa e António Vieira da Rosa.
A ti Herminia destaca-se pela sua simplicidade, e por ter dedicado a sua vida dando apoio aos mais desfavorecidos, pobres, marginalizados e doentes. Foi importante a sua acção num tempo em que a população do Alqueidão era muito pobre, com famílias muito numerosas e com poucos meios de subsistência.
Em homenagem à ti Herminia, no dia em que ocorre o 97º aniversário do seu nascimento, alguns dos seus amigos recordam situações que presenciaram, e foram escrevendo lembranças que cada uma tinha da Ti Herminia, o que deu origem ao texto que a seguir se transcreve.
“Herminia da Silva Rosa foi religiosa da Ordem Dominicana por um curto espaço de tempo. Escolheu sair porque a sua grande vocação missionária requeria uma campo de acção maior do que estar fechada num convento.
Trabalhou de alma e coração em todos os organismos de acção e piedade existentes nessa altura na Paróquia: Acção Católica, Filhas de Maria, Apostolado da Oração, Confraria de São Vicente de Paulo, Catequese.
Fez a divulgação de várias revistas e jornais católicos, tais como Rosário de Maria, Fátima Missionária, e Voz do Domingo do qual foi colaboradora durante vários anos.
Mas a sua maior acção foi junto das pessoas. A todos queria ajudar, por isso esforçava-se para descobrir qual seria a melhor maneira.
Aos que mendigavam, assim como a outros que necessitavam, ela dava dormida sem perguntar quem eram, ou para onde iam.
Criou na sua própria casa, um vestuário com roupas e calçado a preços muito baixos, mas ainda assim, os mais pobres podiam lá ir buscar roupa e calçado sem ter que pagar nada.
É de realçar que naquela época a vida era difícil para as pessoas que eram muito pobres, tinham normalmente entre 8 e 10 filhos, e não tinham a ajuda de ninguém.
Sabendo dos problemas de cada pessoa, a todos confortava falando de Deus para dEle alcançar a esperança de um amanhã melhor.
Nas suas palavras transmitia simplicidade, verdade e amizade que a todos impressionava.
Ela vivia a caridade no seu todo: tudo aceitava, tudo suportava e tudo perdoava.
Nunca culpabilizava ninguém. Mesmo perante uma acção menos correta, ela explicava o mal existente nunca condenando quem o praticava.
Até mesmo aos animais abandonados ela dava acolhimento. Ficavam lá por casa uns cães que a acompanhavam sempre que ela ia à Missa, e sentavam-se à entrada da porta da Igreja até a Missa acabar para depois a acompanhar de volta para casa, que também se fez a casa deles.
Os que conhecerem a ti Herminia nunca esquecerão a pessoa de bem que ela era, e o exemplo de vida de nos deixou.
Faleceu a 5-11-2000 e ficou sepultada no cemitério do Alqueidão da Serra. Na homilia da Missa de corpo presente o padre José Mirante Frazão, na altura pároco desta freguesia, falando da sua vida que ele conheceu tão bem, terminou dizendo que “esta senhora era uma Santa”.
(Texto escrito pelos seus amigos, em 31 de outubro de 2016)
Je me souviens très bien de cette tante… Toujours un pull à donner, une “cavaca”, une pièce pour aller à la fête acheter une “rifa”… Elle me reste avec une image de générosité et de dévouement absolus et purs. Je regrette parfois de ne pas avoir eu conscience de tout çà plus tôt…
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Herminia was a wonderful lady with a beautiful soul !I am so sorry for her lost God just receive another Angel in his arms !!!
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